Artigo

EMPREENDER APICULTURA, EDUCAÇÃO E ECOTURISMO NO BRASIL

Por Fabiano Guedes Rodrigues da Silva, apicultor, último ano em Licenciatura em Ciências Biológicas e Professora Dra. Iara Lúcia Laporta Ferreira - UNIESP, Faculdade Renascença.

Importantes para a produção de alimentos como mel, pólen, própolis e geléia real, polinização de culturas e dos vegetais de diversos ecossistemas, as abelhas presentes na região Neotropical muitas vezes são vistas apenas como um animal perigoso por pessoas que desconhecem seu valor biológico. No Brasil, vem crescendo uma atividade diferenciada na apicultura nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste que divulgam a importância das abelhas e seus produtos. É um trabalho de educação não-formal que atrai ecoturistas e escolas que querem transpor seus muros em busca de conhecimentos científicos, ajudando a aumentar o consumo de produtos apícolas pela população e a preservação das espécies existentes hoje no Brasil, fornecendo renda extra aos pequenos e médios apicultores, agregando valor ao apiário e gerando emprego.

Palavras-chave: Apicultura, Educação, Apiecoturismo, Divulgação, Consumo e Receita.

No Brasil, a apicultura teve inicio em 1839, com a chegada das abelhas da espécie Apis mellifeca ligustica e A. m. carnica. Já no Império, Dom Pedro II promulgou uma Lei, concedendo ao Padre Antônio Carneiro, pelo espaço de 10 anos, o privilégio de importar abelhas da Europa e Costa da África para Província do Rio de Janeiro. (MARQUES, 1945 apud WIESE, 1985). Em 1956, a atividade foi desestimulada com a chegada das abelhas africanas, Apis mellifeca adansonii, por serem muito defensivas. Após alguns anos, o cruzamento das abelhas européias com africanas novamente impulsionou a atividade com o surgimento da nova raça, chamada de africanizada. Mais resistente a pragas e doenças aclimatou-se muito bem à diversidade de plantas melificas e ao clima do Brasil. Por ser uma nova raça ainda defensiva e por produzir mais, exigiu dos apicultores profissionais adaptação ao comportamento, restauração e racionalização de toda apicultura e reformulação dos métodos e técnicas de manejo. (MONS. MARQUES A. N., 1989)

Hoje, a apicultura e a meliponicultura são consideradas as atividades agrícolas mais sustentáveis e grandes aliadas na preservação ambiental. É uma das raras atividades agrícolas que não tem nenhum impacto ambiental negativo, pelo contrário, transforma o apicultor em um "ecologista prático". (UAGRO - SEBRAE NACIONAL, REDE APIS, 2007). Geram no Brasil 450 mil ocupações no campo e 16 mil nas indústrias de processamentos de insumos, materiais e equipamentos apícolas. São 350 mil apicultores brasileiros. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE APICULTURA, 2007). Disponibilidade de matéria prima, atualmente, explora-se apenas 15% do potencial da flora apícola. Estima-se que o Brasil tem um potencial inexplorado de, pelo menos, 200 mil toneladas de mel, além dos demais derivados. O consumo interno de mel também é baixo, na média de 100g/pessoa/ano. Busca-se um aumento de 20% no consumo". (UAGRO - SEBRAE NACIONAL, REDE APIS, 2007). Para isso, necessitamos de estratégias para suprir a falta de divulgação da atividade e dos produtos apícolas e ir além da colocação do mel na merenda escolar. A apicultura é um assunto muito extenso, que exige uma estratégia eficaz, no mesmo patamar da sua complexividade para que surja efeito positivo.

O ecoturismo e educação atingem grande parte da população. Esse pode ser o caminho para atingir as metas pretendidas. Já existem apicultores nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste que divulgam a apicultura no ecoturismo reeducando os brasileiros para o consumo dos produtos das abelhas.

Para divulgar a apicultura, e reeducar a população através do turismo nos apiários, realizamos levantamentos de dados sobre educação e ecoturismo. (Fig. 1)

Fig 1 -(Apiecoturismo - Tema principal abelha e natureza.
Levantamento de dados na prática)

Desenvolvemos nosso trabalho no decorrer de dois anos no Parque Ecológico e Cultural Cidade das Abelhas em Embu - SP, registrando os dados da atividade. Coletamos dados importantes desse novo ramo da apicultura como características do público que busca esse tipo de espaço cultural. Focamos em preservação do meio ambiente, público alvo, didática, atrativos turísticos, mão-de-obra, infra-estrutura, segurança, receita e vendas (Fig.1).

Destacamos a importância dos resultados alcançados e estudos específicos. Analisamos informações sobre uma correta divulgação de acordo com as diretrizes educacionais, com intenção de aumentar o consumo interno da produção apícola brasileira.

Para uma atividade se enquadrar nas normas do ecoturismo, ela deve ser bem planejada e ter condições sustentáveis. A apicultura e a meliponicultura já são consideradas, dentre as atividades agrícolas das mais sustentáveis. Por ser uma nova atividade no ramo, ainda com possibilidades de ser sustentável mesmo envolvendo o turismo, foi nomeada de apiecoturismo no decorrer da pesquisa. Essa pode contribuir como importante aliada da produtividade econômica apícola. Através de uma pesquisa via Web, foram encontradas dez empresas, apicultores e meliponicultores que já estão nesse novo ramo da apicultura nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. No apiário Cambará do Sul - RS, são ministrados cursos de apicultura e visitação para ecoturistas. (Fig. 2).

Fig. 2 - (Apiário Cambará do Sul - RS)

Como instrumentos de pesquisa, 20 questões abertas foram elaboradas para coleta de dados dos apiecoempresários, focando as principais características e dificuldades no setor. Via Web, foram enviadas as questões para sete empresas e via correios, para mais três empresas. Das empresas que não responderam, uma foi por motivo da diferança de foco das perguntas para meliponicultura. A outra devido à greve dos correios. Após a entrega das respostas os dados foram tabulados e organizados. O tratamento estatístico foi desenvolvido em porcentagem, paralelamente foram realizados estudos nas áreas da educação e ecoturismo.

O principal objetivo do trabalho, EMPREENDER APICULTURA, EDUCAÇÃO, E ECOTURISMO NO BRASIL, é apresentar uma das melhores estratégias para aumentar o consumo dos produtos das abelhas no país, divulgando a apicultura para a população que carece e almeja informações sobre o assunto. Apesar da suspensão do embargo europeu, o principal destino das nossas exportações de mel continuou sendo o mercado americano. O balanço das exportações de mel nos primeiros sete meses deste ano ainda continua bastante favorável. Provavelmente, um desaquecimento das exportações brasileiras de mel identificado em julho poderá se estender para os próximos meses, considerando que, historicamente, as nossas exportações de mel sempre apresentam uma sazonalidade, com reduções dos negócios no segundo semestre. (UAGRO - SEBRAE NACIONAL, REDE APIS, 2008). Havendo redução na exportação precisamos encontrar outro destino a nossa produção, que seria o consumo interno. Não somente por ser uma alternativa para destinar a produção, mas porque devemos consumir principalmente pelos benefícios que trazem os produtos das abelhas à saúde da nossa população, ajudando na prevenção de doenças.

Oferecer ao pequeno e médio apicultor, que necessita de um grande apoio técnico, uma nova fonte de renda e a troca de conhecimentos e experiências, através de futuros relacionamentos. Futuramente, oferecer um curso de atualização ou capacitação para os apicultores interessados, enfocando, os conceitos de educação, museologia, turismo, organização, associativismo e cooperativismo. Permitir aos ecoapicultores visualizarem uma forma didática para divulgar o tema de acordo com as normas de educação.

Despertar já no início da atividade a gestão empresarial desse novo ramo da apicultura. Mostrar como considerar o lucro ou prejuízo das ações empreendidas no apiário. Elaborar uma lista dos tipos de grupos de visitação e dos elos dessa cadeia de serviços, para saber que implantações e melhorias devem ser empreendidas. Abaixo segue mapa que mostra a localização de apicultores e meliponicultores encontrados por via Web no Brasil (Fig. 3):


MELIPONÁRIO JANDERMM, Jardim do Seridó - RN
APIÁRIO MIMO DO CÉU, Aracajú - SE
APIÁRIO FLORIN, Domingos Martins - ES
APIÁRIO AMIGOS DA TERRA (MUSEU DO MEL) - Nova Friburgo - RJ
APIÁRIO FLOR BRASIL, Extrema - MG
MELIPONÁRIO APACAME, São Paulo - SP
APIÁRIO PARQUE ECOLÓGICO CULTURAL CIDADE DAS ABELHAS, Embu - SP
APIÁRIO DO NONNO, Itú - SP
APIÁRIO BELLA ALIANÇA, Rio do Sul - SC
APIÁRIO CAMBARÁ, Cambará do Sul - RS

Estudos realizados sobre Educação e Ecoturismo para o Apiecoturismo

Por via Web, pesquisamos apicultores que recebem visitação em seus apiários.

Foram utilizadas folhas de papel (A4) com vinte perguntas cada e enviadas pelos correios para apicultores que não possuem internet já para os que possuem, foram enviadas por e-mail. As perguntas foram focadas em preservação do meio ambiente; público-alvo; didática; atrativos turísticos; mão-de-obra; infra-estrutura; segurança; receita e vendas. Com o objetivo de estudar as formas de divulgação dos apicultores e descobrir idéias e experiências diferenciadas entre um e outro, e saber se houve aumento nas vendas e receita do empreendimento. Entrevistamos apicultores que recebem visitação em seus estabelecimentos como o Parque Ecológico e Cultural Cidade das Abelhas para estudarmos os serviços oferecidos e o aumento de suas vendas e receita do início da atividade até o momento (Fig. 4).

Fig. 4 - (Aumento das vendas e da renda dos apiários
depois de envolver educação e ecoturismo,
até o momento)

Avaliamos, tempo da atividade, vegetação do local, número de funcionários, densidade demográfica de entorno e métodos de divulgação da apicultura.

Destaques da importância dos resultados alcançados foram demonstrados em gráfico, tabelas, mapa e organograma.

Utilizamos livros de apicultura, educação e ecoturismo e para empreendedorismo e setor econômico, revistas e sites da internet. Nos baseamos nos 28 anos de experiências vividos pelos proprietários do Parque Ecológico e Cultural Cidade das Abelhas, sendo que, nos dois últimos anos realizamos observações e coletamos dados sobre os resultados dessa nova atividade na apicultura que envolve educação e ecoturismo.

Realizamos estudos e fizemos levantamentos nas áreas de educação e ecoturismo, para uma nova atividade apícola que vem crescendo no Brasil, o apiecoturismo.

Econtramos meliponicultores realizando a atividade, o que é muito importante para divulgação das nossas abelhas nativas ao público leigo. No Parque da Água Branca, em São Paulo - SP, se encontra um meliponário modelo para visitação do público (Fig. 5).

Fig. 5 - (Visitantes do Parque Água Branca - SP,
conhecendo as abelhas nativas no meliponário
da APACAME)

Das perguntas elaboradas para pesquisa, nem todas puderam ser sbmetidas aos meliponicultores. Percebemos que as diferentes técnicas de trabalho entre as duas atividades, apicultura e meliponicultura, exigem algumas perguntas focadas com tópicos específicos. Por exemplo, no apiecoturismo um dos fatores principais é a segurança com relação à abelha Apis, e já no ecoturismo com abelha meliponini (sem ferrão) não exige focar muito nesse assunto. Além da segurança outras experiências registradas no ecoturismo com meliponini possuem características diferenciadas. Esse fato encaminha a pesquisa para uma nova tese de estudos, é o que mostra a pesquisa da Bióloga Natália Brianezi de Almeida e Professora Dra. Márcia Zorello Laporta, do Centro Universitário Fundação Santo André - SP, de tema:

ENSINO DE BIOLOGIA: UMA PROPOSTA DE VISITA MONITORADA SOBRE O TEMA ABELHAS MELIPONINEAS, NO CAMPUS DA FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ (Fig. 6).

Fig. 6 - (Alunos visitando o meliponário do Centro
Universitário Fundação Santo André - SP)

Os dados dos estudos do apiecoturismo depois de inseridos em gráfico mostraram que ao longo do tempo ocorrem agregações de valores que auxiliam no aumento da receita e das vendas e que o empreendimento está sujeito à sazonalidade turística.

Para prosperar, depende da divulgação, qualificação dos funcionários, segurança, vegetação, clima, distância, densidade demográfica de entorno, circuito turístico regional e dos produtos comercializados.

A pesquisa realizada mostrou que, o apiecoturismo aumenta o consumo dos produtos apícolas, auxilia na preservação do meio ambiente, gera emprego e receita.

Em alguns casos se mostrou uma atividade familiar, que fixa o homem à terra.

O objetivo do trabalho foi plenamente atingido, uma vez que, as pesquisas foram realizadas de forma simples, de acordo com a cultura local, necessidades, infra-estrutura e pessoal de trabalho de cada empreendimento. Sendo sistematizados os valores, sempre ressaltando que é necessário analisar as relações da evolução da ciência e tecnologia da qualidade e do modo de vida, do local de cada um dos entrevistados.

Com os resultados em mãos, ficou clara a importância de elos da cadeia de serviços para atender a demanda de turistas e estudantes de todos os níveis. Os estudos das práticas de ensino revelaram que o trabalho de divulgação da ciência ao público-alvo não pode ser nulo e linear, deve estar sempre em construção. O maior desafio, é criar nas pessoas o prazer de buscar conhecimentos científicos. Constatamos na Cidade das Abelhas uma das melhores formas de despertar esse prazer em crianças e adultos, através do lúdico (Fig. 7), apresentação com personagens e música. (A ABELHA - ARCA DE NOÉ - MORAES MOREIRA - COMPOSIÇÃO DE VINÍCIUS DE MORAES, 1980).

Fig. 7 - (Trabalho lúdico para despertar
o prazer de conhecer as abelhas)

Surgiu a idéia de criar futuramente um vínculo entre os apiecoempresários para troca de experiências e idéias. Cada participante foi convidado para uma mobilização na realização desse trabalho de forma homogênea. Houve um interesse unânime dos participantes.

Observou-se que o apiecoturismo é uma atividade nova no Brasil, dos apiários que já estão no ramo o pioneiro tem vinte e oito anos e o mais novo dois anos e meio. O Brasil ainda tem potencial para o crescimento dessa nova atividade. Com os estudos realizados podemos perceber que o apiecoturismo se diferencia do apiturismo, que já vem sendo praticado no turismo rural. O apiturismo se mostra uma atividade diferenciada pelo fato de ser apenas um produto oferecido em uma propriedade rural, junto a outras variadas atrações como; visita à ordenha no curral, cavalgadas, pescaria e outros elos da sua cadeia de serviços, onde as abelhas não são o foco principal. A visitação de ecoturistas e escolas a propriedades que trabalham com apicultura sustentável, reeducando para o consumo dos produtos apícolas e para a preservação do meio-ambiente e com tema principal as abelhas, seus produtos e natureza nos mostra ser uma atividade diferenciada e merece receber uma nomeação apropriada, por exemplo: Apiecoturismo. O apiário, Amigos da Terra, de Nova Friburgo - RJ, com quatro anos na atividade (Fig. 8) possui o primeiro Museu do Mel registrado no Sistema Brasileiro de Museus, que contribui para valorização e preservação do patrimônio apícola e cultural brasileiro.

Fig. 8 - (Museu do Mel, Nova Friburgo - RJ)

Revelou-se que é um setor que está sujeito à sazonalidade turística devido à dependência de um bom clima e outros fatores. Mas, nada que empeça o crescimento do empreendimento, se levar em consideração alguns estudos realizados nessa pesquisa sobre esse assunto. No apiário, Mimo do Céu, em Aracajú - SE (Fig. 9), o apiecoturismo é uma agregação de valor importante ao apiário em altas temporadas.

Fig. 9 - (Apiário Mimo do Céu - SE)

Com relação à divulgação da apicultura envolvendo educação, ficou entendido, que cada vez mais, esses espaços não-formais serão futuramente mais requisitados por ecoturistas estrangeiros que vêm ao Brasil em busca da nossa cultura e paisagens e pelas escolas (Fig. 10) que querem transpor seus muros com os alunos para buscar conhecimentos científicos fora, como; museus apícolas, centros de ciências apícolas e outros.

Fig. 10 - (Museu Apícola - história e ciência)

Estudos realizados na Universidade de São Paulo, no departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada, prevêem especialização de professores para realizarem as visitações das escolas em espaços não-formais. Diversas pesquisas sobre aprendizagem em museus têm evidenciado o potencial destes espaços. Alguns pesquisadores têm se dedicado a entender a aprendizagem nos museus a partir da linha de pesquisa em modelos e modelagens (Gilbert e Priest, 1997; Falcão e outros, 1997, apud Marandino M. 2001). Para Falk e Dierking (1992) é necessário criar parâmetros diferenciados da escola para análise do processo de aprendizagem em museus. Por outro lado, Ramey-Gassert et all (1994) afirmam que os resultados das pesquisas sobre este tema têm indicado que espaços como museus promovem a curiosidade, estimulam, motivam e socializam (Fig. 11), sendo esses elementos fundamentais no processo de ensino-aprendizagem. (MARANDINO. M. 2001).

Fig. 11 - (Apiecoturismo na Cidade das Abelhas
mostra que a abelha é um animal que
se defende como outros seres vivos)
(Apiecoturismo na Cidade das Abelhas mostra que a abelha é um animal que se defende como outros seres vivos)
Finalmente, reforça-se a importância de um investimento na formação de professores sobre os elementos abordados neste trabalho, para que ele possa perceber as especificidades pedagógicas das escolas e dos museus (Tab. 1). Pois é exatamente este o desafio e, ao mesmo tempo, a riqueza de experiências como esta, quando os alunos poderão vivenciar diferentes formas de interação com o conhecimento científico. (MARANDINO. M. 2001).



Fig. 12 - (Grupo de 150 alunos no Apiecoturismo)

Museus e escolas são espaços sociais que possuem histórias, linguagens, propostas educativas e pedagógicas próprias. Socialmente são espaços que se interpenetram e se complementam mutuamente e ambos são imprescindíveis para formação do cidadão cientificamente alfabetizado (Tab. 1). (MARANDINO. M. 2001, grifos nossos).


Tabela


Observou-se ainda, que a atividade que envolve a educação não deve apenas passar informações. O apicultor-monitor deve gerar conhecimentos de acordo com as normas educacionais, comportar-se empresarialmente e não artesanalmente no empreendimento.

E finalmente, falando-se de empreendedorismo, por mais incomum que seja o seu trabalho um apicultor não difere de um verdadeiro empreendedor. Um bom apicultor, reconhecido no mercado, foi naturalmente selecionado pelas "próprias abelhas". As tarefas que nos são exigidas na lida com esses insetos, se encarregam de nos selecionar com um perfil de empreendedor, seja em que ramo for. Somente prospera no setor apícola quem empreende, isto é, quem se dedica, inova, organiza, administra, trabalha com higiene, transforma e executa.

Empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal. (Robert Hirsch, 2004).

Agradecimentos

Agradeço a meus pais Oberlando e Vitorina, que sempre me ensinaram a valorizar a natureza e sempre me deram oportunidade de estar em contato com animais logo na infância.

A meu tio Celso que me indicou a escola Técnica Agrícola Don Otorino Zannon em Penedo/ Itatiaia - RJ, em 1993, onde e quando iniciei meus estudos sobre apicultura.

Aos participantes da pesquisa que ajudaram na construção desse trabalho.

A ex-presidente da APISULF - Associação de Apicultores do Sul Fluminense - Amelinha Brant Schneider.

Ao meu professor de apicultura Mário Vidigal, sempre atencioso e ainda orientador dos seus ex-alunos.

A meus companheiros de trabalho Marcos e Marcela, sempre presentes, me auxiliando e enriquecendo meus conhecimentos e a minha personalidade crítica e criativa.

Agradeço ainda a Idely e Wilson Doninni que me ofereceram a oportunidade de prestar serviços no Parque Ecológico e Cultural Cidade das Abelhas, onde desenvolvo meus conhecimentos e pesquisas nas áreas de biologia, apicultura, educação e ecoturismo.

A meus professores de licenciatura em Ciências Biológicas: Iara Lúcia, Adriana Invitti, Eliete Pardono, Rosana Jordão, Rosana Loro, Irene Ramos, Silvana Mollo e Patrícia Macari,

E ainda a todos os clientes de várias regiões do Brasil que visitam a Cidade das Abelhas e que assistiram a minhas palestras, pessoas que me trazem conhecimentos do senso comum e vários detalhes sobre a vida desse misterioso inseto chamado abelha.

Frase

O futuro da apicultura brasileira está na divulvação dos seus benefícios.

Referências Bibliográficas

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo - Terça-feira, 20 de maio de 2008. 17h37min: 33

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