Artigo

Apicultura no Brasil:
Um Gigante Adormecido Desperta. Parte II

(Beekeeping in Brazil: A Slumbering Giant Awakens, Part II) Tradução do original publicado em "American Bee Journal (2004), 144:939-941."Contribuição de Gesline F. de Almeida e Lionel S.Gonçalves (FFCLRP-USP-Ribeirão Preto-SP).
Autor : MALCOLM T. SANFORD Prof.Emeritus-University of Florida http://apis.shorturl.com


Em meu ultimo artigo (ABJ, Setembro 2004:144:696-698 ) eu disse que uma das razões dos avanços da apicultura no Brasil é a tremenda onda de pesquisas científicas que representa o legado da introdução das abelhas africanizadas naquele país. Os detalhes com relação à introdução e seus efeitos no Brasil e no resto das Américas tem sido descrito em muitos artigos e livros ao longo dos anos. Mais recentemente, um livro escrito pelo Dr. Dewey Caron emergiu como um resumo bem documentado do que nós conhecemos até agora ¹.

Isso tudo teve início com um homem que tinha a visão e os recursos para introduzir as tropicais abelhas africanas para um país onde a apicultura tinha se estagnado após a adaptação das abelhas européias de clima temperado. A história do geneticista brasileiro Dr. Warwick E. Kerr é uma fascinante mistura de ciência com a política.Talvez o melhor tratamento foi aquele dado por Wallace White.²

De acordo com o Sr. White, Dr. Kerr foi inicialmente solicitado pelo governo brasileiro para importar rainhas de Angola, África do Sul e Tanzânia. Todas as rainhas provenientes de Angola morreram ( aparentemente foram mortas por uma ordem desencontrada de um membro consular oficial de Portugal ), porém o Dr. Kerr chegou no Rio de Janeiro com 75 rainhas procedentes da África do Sul. Dr. Kerr estava ciente que as abelhas africanas, embora muito produtivas, eram também altamente defensivas, muito mais do que as dóceis abelhas Européias (Italianas) até então utilizadas na Apicultura Brasileira. Assim, ele tomou precauções no sentido de introduzir as rainhas em núcleos de fecundação (colônias pequenas ) com abelhas Européias e colocou as colônias em quarentena nas proximidades de Rio Claro. A idéia era controlar a genética através da inseminação instrumental. Sr. White relatou que após algumas seleções e mortalidade natural, 28 ou 29 núcleos tornaram-se a base para os programas de cruzamentos feitos pelo Dr. Kerr. Destas colônias um grupo de rainhas foram produzidas e inseminadas com esperma de zangões Europeus (Apis mellifera ligustica). A seleção a partir do primeiro cruzamento, o híbrido F1, produziu rainhas filhas para as subseqüentes gerações. Uma rainha em particular proveniente da Tanzânia produziu colônias que aparentaram ser mais produtivas mas, infelizmente estas eram extremamente defensivas. Tudo estava progredindo bem até que um dia, no outono de 1957, um apicultor visitante removeu a barreira (tela excluídora de rainhas) que impedia a saida das rainhas. 26 rainhas acompanhadas por enxames de operárias abandonaram suas colméias e são consideradas como a origem das então chamadas abelhas africanizadas.

Por causa das controvérsias criadas por esta introdução, a reputação do Dr. Kerr tem flutuado de pária a salvador ao longo dos anos que se seguiram. Apesar disso, seu legado científico agora consiste de um exército acadêmico composto de filhos e netos científicos que tem se proliferado por todo o território brasileiro. De fato, ele se tornou uma celebridade pois, no congresso de apicultura de Natal uma multidão de pessoas entravam na fila para obter seu autografo. Uma das razões para sua reputação são as atividades do Campus da Universidade de São Paulo na cidade de Ribeirão Preto. Naquele campus da USP um amplo corpo docente (11 membros) das Faculdades de Medicina (Departamento de Genética) e Faculdade de Ciências (Departamento de Biologia da FFCLRP) se dedicam a pesquisas e formação educacional em cursos de graduação (muitos deles estudaram com o Dr. Kerr ou são filiados a ele ), fornecendo a base do manejo efetivo das abelhas africanizadas no Brasil. Em homenagem à ele, parte deste corpo docente publicou um livro com resumos de teses, monografias e informações sobre abelhas publicados entre os anos de 1960 e 1991, inclusive com resumos em inglês.³


As mudanças adotadas no Brasil e que tiveram por base a introdução das abelhas africanas pelo Dr. Kerr foram devidas à rápida mudança do comportamento das abelhas européias de clima temperado para as abelhas africanas de clima tropical. Umas das características que mais recebeu atenção no início da introdução das abelhas africanas foi o comportamento defensivo sendo o mais freqüente tema de discussão por muitos anos. Muitas colônias selvagens e mais significantemente as colônias manejadas pelos apicultores no Brasil e em qualquer outro lugar dos trópicos americanos se tornaram muito mais defensivas a medida que se tornavam africanizadas. Isto deu origem a incidentes muito mais graves com ferroadas por abelhas do que aqueles provocados pelas abelhas européias, sendo que a divulgação destes incidentes tem sido exagerados pela mídia sensacionalista tanto no Brasil como em todos os lugares.

Por essa razão não é surpreendente que o comportamento defensivo tenha recebido uma grande atenção dos pesquisadores no Brasil. Na verdade, o primeiro congresso brasileiro de apicultura realizado em 1970 em Florianópolis tinha esse tema (defensividade ou agressividade) como assunto principal. Um resumo do impacto dessas pesquisas foi fornecido no Segundo Encontro sobre Abelhas em Ribeirão Preto, pelo Dr. Antônio Carlos Stort que dedicou boa parte de sua carreira a esse tópico. Ele conclui:

"Há uma grande variabilidade na defensividade das abelhas no Brasil. Tem sido mostrado que os fatores climáticos são importantes assim como a produção do feromônio de alarme. Com base nessa informação, um programa de seleção realizado no Campus de Ribeirão Preto e a subseqüente liberação de mais de 30.000 rainhas européias para a rede brasileira de apicultores tendo reduzido a defensividade (agressividade) das colônias, especialmente durante o período inicial de adaptação. Os apicultores brasileiros não só aprenderam as vantagens das trocas de rainhas, como também se adaptaram de outras maneiras , incluindo o uso mais efetivo de fumaça. Assim a defensividade não é mais consenso número um na apicultura brasileira..

Dr. Stort descreveu também sobre o desenvolvimento de uma pesquisa brasileira impar, a criação de uma abelha com ferrão aberto (split sting) resultante da exposição dos insetos à radiação do cobalto 60. Esse processo criou uma mutação de tal forma que o aparelho do ferrão não se desenvolve corretamente. Com o resultado, essas abelhas não podem ferroar fisicamente. No entanto, os apicultores preferiram não utilizar este tipo de abelhas pelo fato delas não apresentarem defensividade, porém elas tem potencial em algumas áreas onde o risco das ferroadas devam ser minimizados.

O Engenheiro Agrônomo Paulo Gustavo Sommer, ex-presidente de uma das maiores associações de apicultores do Brasil, também dá crédito à investigação científica como sendo um dos responsáveis pelo ressurgimento da apicultura. Como uma fênix ressurgindo das cinzas, ele diz, a apicultura tem se tornado uma forte atividade comercial baseada nesses insetos, as abelhas africanizadas, que inicialmente causaram um declínio das atividades apícolas. Mais de 90% das colônias brasileiras agora são manejadas em modernos equipamentos do tipo Langstroth de quadros móveis. Uma taxa de crescimento de 4,5% ao ano na produção de mel desde 1985 resultou na produção de 35 mil toneladas de mel em 1996, rivalizando proximamente com o Uruguai. E pareciam pequenas as razões, concluiu o Engenheiro Sommer, que o nível de 200.000 mil toneladas por ano não pudesse ser alcançada no futuro6. Em 2004, apenas uma companhia (Mel Brasil Tropical) no estado do Rio Grande do Norte, exportou 1,5 milhões de quilogramas (1,5 toneladas.) menos que a metade da produção individual do estado7.

Além do uso da colméia Langstroth, outras modificações nas técnicas de apicultura tem sido desenvolvidas no Brasil para acomodar as abelhas africanizadas, de acordo com o Engenheiro Sommer. A cera alveolada foi ajustada ao tamanho das abelhas, de maneira geral menor do que as abelhas européias. O acentuado comportamento defensivo exigiu uma técnica de fumegação diferente. O imenso número de enxames reprodutivos e migratórios nidificantes em muitos lugares e a possibilidade deles ferroarem o público geral tem apresentado desafios e oportunidades em capturas de abelhas. Finalmente os apicultores tem selecionado ativamente suas abelhas para eliminar muitos comportamentos desfavoráveis. " Entre os atributos mais importantes da abelha africanizada no Brasil segundo o Engenheiro Sommer, estão:
1- Acentuado comportamento higiênico
2- Forrageamento mais eficiente
3- Maior resistência a pragas e doenças
4- Aumento da polinização em campos intensivamente cultivados
5- Dominância genética mais forte
6- Intensificação do comportamento defensivo e enxameatório.

"Os últimos comportamentos citados poderiam parecer improdutivos a princípio, mas a prova de que eles são controláveis são encontradas na atual condição da apicultura brasileira. Além disso ,uma boa parte da razão para isto são as centenas de cursos de curta duração, simpósios, seminários e muitos congressos nacionais que tem sido realizado ao longo dos anos(8) ". Como eu notei em meu artigo anterior neste jornal, o resultado de muitas dessas convenções e congressos tem sido publicados em CD-ROMs pelo Departamento de Patologia de Plantas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, coordenado pelo professor Aroni Satler 9.

O congresso em Natal continuou a tradição de fornecer uma gama de informações científicas às indústrias de apicultura no Brasil. Foram apresentadas 55 conferências por cientistas brasileiros assim como dos Estados Unidos e da Suíça. Além disso, haviam 121 posters sobre muitos temas apícolas, incluindo biologia e ecologia de abelhas (18), polinização e plantas apícolas (22), saúde das abelhas (16), produtos das abelhas (23), manejo de abelhas 10, entre outros, incluindo 20 sobre estudos de abelhas sem ferrão (meliponicultura). A maioria das apresentações foram publicadas nos Anais do Congresso em CD-ROM e entregues aos participantes. Talvez as áreas de pesquisas científicas mais significativas discutidas no Congresso de Natal foram a produção e exportação de mel (Dr. Lionel Segui Gonçalves), comportamento defensivo (Dr. Antônio Carlos Stort), captura de enxames (Dr. Ademilson Spencer Soares), Comportamento Higiênico (Dra. Marla Spivak), Contaminação de mel (Stephan Bogdanov), Diagnóstico da Cria Pútrida Americana (Dr. David De Jong) e avanços no genoma de abelhas melíferas (Dra. Zilá Luz Paulino Simões). Além disso, o Congresso de Meliponicultura foi ancorado pelos dois principais contribuidores para a ciência e arte da criação de abelhas sem ferrão, o Dr. Warwick Kerr e o pioneiro em desenhar ninhos para acomodar este tipo de abelhas, Dr. Paulo Nogueira Neto. Algumas das considerações feitas pelo Dr. Gonçalves foram mencionadas na publicação anterior e será dado mais ênfase nos números posteriores. O Dr. Stort fez um resumo das pesquisas realizadas sobre o comportamento defensivo. Ele está especialmente interessado na produção do feromônio de alarme em populações diferentes, medidas pelos testes padrões de agressividade por meio de ferroadas, utilizando bolas de camurça balançadas na entrada das colméias.

Os estudos do Dr. Soares são pioneiros na captura de enxames para redução da população de abelhas africanizadas nas áreas urbanas, como Ribeirão Preto. Esta cidade é afetada grandemente por um grande número de colônias de abelhas provenientes de plantações de cana de açúcar existentes em sua redondeza. A tecnologia de captura foi transplantada para outros lugares e foi bem estudada. O uso de tamanhos apropriados de armadilhas em conjunto com o feromônio de alarme Nasanov (orientação) é bastante eficiente na atração e interceptação de enxames. Esse é o caso de abertura de um novo campo de mercado na indústria de controle de pestes e que tem sido utilizado no oeste dos Estados Unidos da América onde as abelhas africanizadas estão presentes.10.

As doenças (como Cria Pútrida Americana ou AFB ainda não está presente) são consideravelmente bem toleradas pelas abelhas africanizadas do Brasil como também são os ácaros de Varroa. Nenhum antibiótico ou produto químico, estão rotineiramente em uso para qualquer condição mesmo no caso de infestação universal de Varroa. Uma razão para isso pode ser o aumento do comportamento higiênico. O trabalho desenvolvido sobre este assunto pela Dra. Marla Spivak da Universidade de Minnesota, como uma das principais proponentes dessa tecnologia tem atingido o interêsse dos brasileiros. Dra. Spivak, além disso, foi uma das principais palestrantes sobre este tema em Natal. A mensagem dela é que a seleção para o comportamento higiênico é a principal maneira para controlar a maioria das doenças e também é importante nas abelhas tolerantes ao àcaro , temas que estão sendo levados a sério no Brasil.
Macacões em exposição


Esta linha de pesquisa tem sido desenvolvida e melhorada pela Dra. Kátia Peres Gramacho, em colaboração com o Dr. Gonçalves. Eles confirmaram e melhoraram a contribuição do Dr. Walter Rotenbuhler, um pioneiro nessa area, sugerindo uma nova hipótese para a origem do comportamento higiênico baseado em seqüências de atividades das abelhas que eles observaram em colméias de observação, incluindo pontuação do opérculo, remoção do opérculo e remoção dos conteúdos celulares. Em vez de dois genes recessivos (u=desoperculador e r= removedor) como proposto pelo Dr. Walter Rotenbuhler, foram identificados três genes, (u1, u2 e r). Assim, eles concluem, "para desopercular a célula, a abelha necessitaria dos genes u1 e u2 em homozogose (u1/u1, u2/u2). Somente um gene u1 ou u2 em homozigose determinaria a pontuação (u1/u1, u2/+ ou u1/+, u2/u2) e os três genes em homozigose seriam responsáveis pela desoperculação e remoção (u1/u1, u2/u2, r/r)."11

Felizmente o Brasil não tem ainda a AFB ou "American Foul Brood "(ou se tiver não foi detectado, nem se alastrou). De qualquer forma, no Congresso em Natal, houve uma preocupação de que era apenas uma questão de tempo antes da doença chegar do sul. Argentina seria a fonte mais provável, já que esse país teve muita experiência não somente com a própria doença, mas também com formas resistentes aos antibióticos.

Dr. David De Jong, um ex-inspetor apícola de Nova York, orientado pelo Dr. Roger Morse (Universidade de Cornell), agora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto ,discutiu o real perigo que existiria se AFB fosse introduzida. Há o medo de que quando detectada, os apicultores brasileiros possam tentar controlar a doença com uso de antibióticos. Se isto acontecer, um dos poucos lugares na terra onde o mel verdadeiramente orgânico pode ser produzido estaria com o risco de ter do mel contaminado, como ocorre com a maior parte do resto do mundo.

A contaminação do mel por produtores ainda não é uma ameaça no Brasil, mas não custa muito para isso vir a ocorrer,. de acordo com o Dr. Stefan Bogdanov. Ele descreveu uma lista de problemas que atingem agora o mercado global, tanto com mel quanto com cera virgem, causados por contaminantes, principalmente os usados para controlar doenças e ácaros.12 Espera-se que o apicultores no cenário brasileiro captem seriamente a mensagem dada pelo Dr. Bogdanov, claramente a razão pela qual ele foi convidado para participar do Congresso pelos organizadores.

Genética de alta tecnologia foi também retratada no Congresso em Natal. Dra. Zilá Luz Paulino Simões ( da USP de Ribeirão Preto) descreveu seu trabalho com hormônio juvenil, vitelogenina e profenoloxidase através de análises de DNA e RNA. Ela também é uma importante participante do projeto de sequenciamento do genoma das abelhas melíferas.

Outros trabalhos desenvolvidos pelos cientistas brasileiros abrangem muitos aspectos da apicultura. No congresso de Natal, foi discutida a produção de pólen e própolis. Existe um imenso interesse no último produto, uma vez que uma das própolis mais ativas e mais complexas do mundo é coletado pelas abelhas no Brasil. Também o exudado de mel (honey dew) tem sido pesquisado.Uma grande fonte parece ser a bracatinga , planta encontrada no sudeste do estado de Santa Catarina.

Em resumo, a introdução das abelhas africanizadas resultou em um crescimento fenomenal em esforço cientifico ,tendo o Dr. Warwick Kerr como líder indiscutível.Seus estudantes e colegas têm agora proliferado por todo o país e estão continuando seus estudos. A liderança nesta atividade no momento é a Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto. Com os frutos deste legado continuando em plena força, a industria apícola brasileira tem uma sólida base para a consolidação de uma futura industria do mel sem rivais tanto em quantidade quanto em qualidade.

Referências:

1.Caron, D. Africanized Honey Bees in the Americas, A. I. Root Co., 2001.

2.White, W. "The Bees From Rio Claro" New Yorker, September 16, 1991.

3.Soares, A. E. and D. De Jong eds., Pesquisas Com Abelhas No Brasil: Brasilian Bee Research, Sociedade Brasileira de Genética, 1992.

4.Sanford, Malcolm T. Apis Newsletter, University of Florida, May 1992. http://apis.ifas.ufl.edu/apis92/apmay92.htm, accessed August 23, 2004.

5.Stort, Antonio, "Comportamento de abelhas africanizadas," Anais de II Encontro Sobre Abelhas, Ribeirão Preto, University of São Paulo, 6-9 June 1996, pp. 171-179 (Autor's translation).

6.Sommer, P. G. Proceedings of the Eleventh Brasilian Beekeeping Congress, Teresina, November 26 through 30, 1996, as reported in The Speedy Bee, February 1979.

7.Diario de Natal, Sunday 23 May 2004, p.5.

8.Sommer, P. G. Anais de IV Encontro Sobre Abelhas, Ribeirão Preto, University of São Paulo, 6-9 September 2000 (translated by M. T. Sanford).

9.For more information, e-mail: aronisattler@yahoo.com.br

10.Schmidt, J. O., S. C. Thoenes and R. Hurley, "Swarm traps, an idea whose time has come, "Bee Culture, Vol. 118 (1990), pp. : 217-219,223. See also http://apis.ifas.ufl.edu/apis97/apsep97.htm#4, accessed August 23, 2004.

11.Gramacho, K. P. and L. S. Gonçalves, "The Sequences of the Hygienic Behavior Process of Carniolan Worker Honey Bees (Apis mellifera carnica). 2001. Procedings of the 37 th Apicultural Congress, Durban, South Africa, p.17.

12.Apimondia Symposium, October 10-11, 2002, Preventing Residues in Honey Agenda http://www.bieneninstitut.de/PDF/Apimondia_Program Final.pdf , accessed August 23,2004.

13.Honey Bee Genome Sequencing Proposal Word Wide Web page http://www.genome.gov/Pages/Research/Sequencing/SeqProposals/HoneyBee_Genome.pdf , acessed August 23, 2004.

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