Evento

A Apicultura de Tocantins está se Organizando para Crescer

Radamés Zovaro
Apicultor, Empresário Apícola e Diretor da Apacame - zovaro@zovaro.com.br


Foi realizado nos dias 16 e 17 de setembro próximo passado o III Seminário Tocantinense de Apicultura, com o Apoio do SEBRAE e da Secretaria da Agricultura do Estado de Tocantins .

Tocantins
Alguns dos palestrantes do evento. Da esquerda para direita
Prof. Ediney de Oliveira Magalhães; Odon Pereira de Oliveira;
Prof. Dr. Darcet Costa Souza; Radamés Zovaro.
O tema do Simpósio foi

- A Profissionalização do Setor Apícola no Tocantins.

Os palestrantes foram:

- A importância da Profissionalização para o sucesso do Empreendimento apícola

- Prof. Dr. Darcet Costa Souza -

- Profissionalizar também é diversificar - Pólen

- Prof. Ediney de Oliveira Magalhães

Mercado Apícola Nacional e Internacional

- Radamés Zovaro .

O desenvolvimento da Apicultura no Tocantins

- Odon Pereira de Oliveira e Paulo Henrique Tschoeke.

Participaram aproximadamente 150 apicultores de todas as regiões do Estado, demonstrando bastante interesse pelo assunto.

Na abertura estiveram presentes autoridades de Instituições e do Governo do Tocantins. O encerramento no dia 16 foi com perguntas feitas pelos apicultores presentes aos palestrantes sob a coordenação do Sr. Fernando Ferrarin Ruiz - Gerente para assuntos de Apicultura do Sebrae - TO.

No dia 17 tivemos a oportunidade de participar da Oficina Interinstitucional de Planejamento Apícola, realizada nas dependências do SEBRAE.

Essa Oficina teve por objetivo reunir as várias Associações de Apicultores do Estado juntamente com as Instituições que de uma forma ou de outra tenham algum vínculo com o setor apícola e criar o Grupo Gestor de Apicultura do Tocantins.

Tocantins
Vista do plenário do evento.
Na sala encontrava-se aproximadamente 60 pessoas sendo que a coordenadoria dividiu o Estado em cinco regiões - Norte, Sul, Centro 1, Centro 2 e Bico do Papagaio. Coube aos representantes das associações pertencentes a cada região montarem o seu grupo de trabalho e os representantes das Instituições um grupo especifico.

As Instituições cabe um parágrafo a parte: - Estavam presentes representantes do Sebrae; Secretária da Agricultura do Estado; Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural); OCB (Organização das Cooperativas do Brasil); UFT (Universidade Federal do Tocantins); Fetoapi (Federação Tocantinense de Apicultura); FAET (Federação de Agricultura do Estado de Tocantins); IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis); Ruraltins (Instituto rural de Tocantins); Naturaltins (Instituto de Natureza do Estado de Tocantins).

Todos os grupos deveriam discutir a resposta a quatro perguntas especificas:

1 - O que facilita a Apicultura? (na região);

2 - O que poderia facilitar mais? (características que existem na região que possam facilitar mais o trabalho apícola);

3 - O que dificulta? (fatos que travam o desenvolvimento apícola);

4 - O que pode ser feito para melhorar?

Dado um tempo cada grupo apresentou as respostas para as perguntas solicitadas. É natural que muitas das respostas foram especificas a cada região, porem em muitos casos houve unanimidade. Por exemplo: Abundância de pasto apícola; facilidade de povoamento em apiários; grande diversidade de abelhas (Na região do Bico de Papagaio foram catalogadas 103 espécies de abelhas); clima favorável, água abundante; produção de mel orgânico; dificuldade de credito bancário; aproveitamento da cera; comunicação entre as associações e a Federação; falta de padronização dos materiais apícolas; falta de informações sobre apicultura; queimada e desmatamento; falsificação de mel; falta de um entreposto com SIF no Estado; distancia da Casa do Mel e de outras localidades (algum caso chega a mais de 100 km); pouca produção dificulta comercialização.

O grupo das Instituições alguns itens chamaram a atenção: doação de madeiras pelo Ibama para fabricação de colméias; orientação de brigadas contra incêndio; a UFT comentou sobre Controle de qualidade do produto, treinamento em boas praticas de fabricação; outras instituições comentaram sobre assistência técnica; políticas publicas; profissionalização; etc.

Ficou também definido que outras instituições como Vigilância Sanitária Estadual; Banco da Amazônia. Banco do Brasil, Embrapa, Incra, Universidade Federal de Gurupi, e outras, seriam convidadas a fazer parte do Grupo Gestor de Apicultura.

Esse Grupo tem tudo para apoiar a apicultura no Estado, principalmente porque cada um tem uma finalidade institucional e é evidente que a somatória viria complementar as deficiências apresentadas. Notamos o grande interesse de todos os participantes em colaborar, e temos certeza que se isso acontecer o Estado de Tocantins dentro de poucos anos será um grande pólo apícola como é hoje o nordeste.

 

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