Notícia veiculada na revista Vida Apícola – n 112 – Março/Abril/2002 –pág. 3
A Comissão Européia tomou recentemente a determinação de suspender as importações da China, de produtos de origem animal destinados ao consumo humano, entre os quais o mel.
A decisão deriva de uma proposição do Comitê Veterinário Permanente em função das inspeções realizadas na China por especialistas do Escritório de Alimentos e Veterinária tendo em vista a detecção de um antibiótico proibido, o cloranfenicol, em alguns produtos.
A visita dos citados especialistas revelou graves deficiências em relação com a Norma sobre medicamentos veterinários e com o sistema de controle de resíduos presentes em animais vivos e em produtos de origem animal, assim como as autoridades competentes chinesas descumprem gravemente numerosos compromissos e garantias que haviam dado à Comissão com relação ao controle de resíduos e substâncias que podem ser um perigo para a saúde pública e animal.
Os principais produtos afetados por esta suspensão são: a carne de carneiro, as aves, alguns crustáceos e o mel; todas estas importações no ano de 2001 representaram um total de 327,2 milhões de euros.
A Comissão permite, sem problema, as importações que saíram da China antes da entrada em vigor da Decisão de Suspensão (publicada no Diário Oficial das Comunidades Européias em 31 de janeiro de 2001) sempre e quando se submetam a controles e provas intensificadas para garantir sua inocuidade.
A medida, como informa a própria Comissão, é transitória e se revisará em função da informação oferecida pelas autoridades chinesas dos resultados de controle e das provas levadas a cabo pelos estados membros com os envios que cheguem antes de 14 de março de 2002, e caso seja necessário baseando-se nos resultados de uma nova inspeção, “in loco” realizada por especialistas da comunidade.
Mel com cloranfenicol
A agência de Alimentos do Reino Unido (FAZ) encontrou resultados positivos de cloranfenicol em 10 de 16 amostras de méis chineses analisados, motivo pelo qual foi recomendado ao comércio retirar os potes de mel procedente daquele país, tanto de méis chineses “in natura”, quanto de mescla de mel chinês com méis de outras origens.