Legislação
 

REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE GELÉIA REAL

1. - ALCANCE

1.1. OBJETIVO: Estabelecer a identidade e os requisitos mínimos de qualidade que devera cumprir a Geléia Real para consumo humano.

 1.2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO: O presente Regulamento refere-se à Geléia Real destinada ao comércio nacional ou internacional.

 2 – DESCRIÇÃO

 2.1. –Definição: Entende-se por Geléia Real o produto da secreção do sistema glandular cefálico (glândulas hipofaringeanas e mandibulares) das abelhas operárias, coletada até 72 horas.

 2.2. –CLASSIFICAÇÃO:

 2.2.1 Segundo o procedimento de obtenção:

 2.2.1.1. Geléia Real Fresca: É o produto coletado por processo mecânico a partir da célula real, retirada a larva e filtrada.

 2.2.2.2 Geléia Real In natura: É o produto mantido e comercializado diretamente na célula real após a remoção da larva.

 2.3. DESIGNAÇÃO (Denominação de Venda): Geléia Real Fresca e Geléia Real in natura.

 3. REFERÊNCIAS

 AOAC. Official Methods of Analysis of the Association of Analitical Chemists. Arlington, AOAC, 1992

 Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz.

 I.C.M.S.F.

 Codex Alimentarius CAC/VOL A 1985

 4. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS:

 4.1. Composição: A Geléia Real compõem-se de água, proteínas, lipídios, açúcares, vitaminas, hormônios e minerais.

 4.2. REQUISITOS:

 4.2.1 Características Sensoriais

 4.2.2. Aparência: substância cremosa e peculiar

 4.2.3. Cor: varia de branco a marfim

 4.2.4. – Aroma: característico

 4.2.5. Sabor: ácido e picante

 4.3. Requisitos fisíco-químicos

 4.3.1. Umidade: 60,0 a 70,0 %

4.3.2. Cinza: máximo de 1,5 % (m/m)

 4.3.3 Proteínas: mínimo de 10 % (m/m)

 4.3.4. Açucares redutores: mínimo 10 % (m/m)

 4.3.5 Amido: ausente

 4.3.6. Lipídeos totais: mínimo 3,0 %

 4.3.7. pH: 3.4 a 4.5

 4.3.8. Índice de acidez: 23,0 a 53,0 mgKOH/g

 4.3.9. Sacarose: máximo 5,0 %

 4.3.10 10 HDA: mínimo 2% (m/m) base seca

 Incluindo:

 - Ácido hidroxitransdecenóico: 0,5 a 1,0 % (m/m) base seca

 - Ácido hidroxintransdecenodióico: 0,5 e 2,0 % (m/m) base seca

 Ácido cetotransdecenóico: 1,0 a 2,0 % (m/m) base seca

 4.4. Acondicionamento: Deverão ser embalados com mateirais bromatologicamente aptos e que confira ao produto, uma proteção adequada.

 4.4.1. Condições de Conservação e Comercialização:

 4.4.1.1. Estocagem: A Geléia Real deverá ser mantida ao abrigo da luz e a uma temperatura não superior a – 16ºC.

 4.4.1.2. Transporte e Comercialização: A Geléia Real deverá ser mantida ao abrigo da luz e a uma temperatura entre –5ºC e 0ºC.

 5. ADITIVOS

 Proibi-se expressamente a utilização de qualquer tipo de aditivos.

6. CONTAMINANTES

 Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em quantidades superiores aos limites estabelecidos pelo Regulamento específico.

7. HIGIENE

 7.1 – Considerações Gerais

 As práticas de higiene para elaboração do produto devem estar de acordo com o Regulamento Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de fabricação para Estabelecimentos Elaboradores / Industrializadores de Alimentos.

7.2. Critérios Macroscópicos e Microscópicos

 O produto não deverá conter substâncias estranhas, de qualquer natureza.

7.3. Critérios Microbiológicos.

 
MICROORGANISMO CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO CATEGORIA I.C.M.S.F MÉTODO DE ANÁLISE
Coliformes a (45ºC)/g  n=5 c=0 m=0 5 APHA 1992 c.24
Salmonella ssp-Shigella ssp 25g n=5 c=0 m=0 10 FIL 93 1985
Fungos e leveduras UFC/g n=5 c=2 m=10 M=100 2 FIL 94B: 1990
 

8. PESOS E MEDIDAS

 Aplica-se o Regulamento Específico.

9. ROTULAGEM

 Aplica-se o Regulamento específico.

10. MÉTODOS DE ANÁLISE

 Métodos Analíticos Oficiais para Controle de Produto de Origem Animal e seus Ingredientes. Portaria nº 001/81 – 07/10/1981. Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

 AOAC. Oficial Methods of Analysis of the Association of Analitical Chemists. Arlington, AOAC, - 1992.

 Adolfo Lutz

 11 – AMOSTRAGEM

 Seguem-se os procedimentos recomendados pelo item 10.

 

 

Retorna à página anterior