Editorial
 
 

 MAIO, FECHADO PARA BALANÇO

 
    O mês de maio, principalmente nos Estados do Sul,  encerra o calendário apícola que teve seu início em setembro passado.
    Como nas outras atividades é o momento de fechar o balanço para análise do que foi e quais os resultados práticos obtidos para o desenvolvimento da Apicultura em nosso País.
    Coincidentemente, para prestar uma merecida homenagem, no dia 22 de maio comemora-se o DIA DO APICULTOR. Este é o único dia em que o Apicultor é lembrado;
    - apesar da intensa participação do GT-APICULTURA no âmbito do Fórum Nacional de Agricultura, no segundo semestre de 97;
    - apesar da criação do CONABEE - Conselho Nacional do Agronegócio Apícola, no final de 97;
    - nada foi falado sobre o Apicultor, principalmente sobre o pequeno apicultor, e muito menos sobre a Abelha.
    Durante todo o período verificou-se que não existe política ou interesse político para proteger o principal componente da Cadeia Produtiva dos Produtos Apícolas que, juntamente com as suas  abelhas, promovem o desenvolvimento da Apicultura Brasileira.
    Como se todo apicultor nascesse grande, não existe nenhuma legislação que permite ao pequeno produtor tornar-se, um dia, um grande apicultor.
    A legislação é implacável, exigindo instalações de primeiro mundo, impedindo que os pequenos saiam da clandestinidade e possam crescer na sua atividade.
    Muito se falou, neste último ano, de como se desenvolver o Agronegócio Apícola mas, nada se falou de como dar condições de sobrevivência ao apicultor, que com suas abelhas, é a base de todo o segmento.
    Sobre as abelhas então, nada se falou.
    Ótimo. Elas não precisam do homem para nada. E irão continuar a trabalhar incessantemente para promover a polinização das espécies vegetais garantindo o nosso alimento.
    Fechado o balanço.

 

 

Constantino Zara Filho - Presidente Executivo
 

 
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