1o SEMINÁRIO DE APICULTURA E FEIRA DO MEL DO ESTADO DO TOCANTINS
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Com o apoio da Associação dos Apicultores do Estado do Tocantins; IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis; Ruraltins, FAET Federação da Agricultura do Estado de Tocantins; SENAR Serviço Nacional de Aprendizado Rural; Prefeitura de Palmas; Secretaria de Agricultura do Estado do Tocantins; ULBRA e SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas realizou-se entre os dias 17 e 18 de outubro de 1997, na cidade de Palmas - Tocantins o 1o Seminário de Apicultura e Feira do Mel do Estado do Tocantins com total sucesso diante do grande número de participantes que se deslocaram de todo o estado e de estados vizinhos para participarem do evento. |
Os organizadores do evento: Shirley Lopes da FAET e Odon Pereira de Oliveira da RURALTINS |
Seguindo uma extensa programação o evento contou com
palestras proferidas pelos palestrantes convidados Prof. Paulo Gustavo
Sommer, Presidente da Confederação Brasileira de Apicultura,
que proferiu palestra sobre o tema "APICULTURA BRASILEIRA; Dr. Constantino
Zara filho, Presidente da APACAME/SP que proferiu palestra sobre o tema
"APICULTURA E O ASSOCIATIVISMO"; Sr. José Alexandre de Abreu, Presidente
da Cooperativa Nacional de Produtores de Apitoxina, de Belo Horizonte,MG
que proferiu palestra sobre o tema "PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO
DE PRÓPOLIS, PÓLEN E APITOXINA"
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FEIRA DO MEL
Paralelamente ao evento ocorreu a FEIRA DO MEL com stands de Associações
de Apicultores e fabricantes de equipamentos apícolas que foi muito
visitado pelos participantes e o público de Palmas que aproveitaram
para comprar mel, própolis, pólen dos apicultores participantes.
(foto) Vista parcial da Feira do Mel)
Como resultado durante o evento foi fundada a Federação das Associações de Apicultores do Estado do Tocantins e no final do evento os organizadores e os participantes elaboraram um documento com as conclusões e seguir transcrito:
Conclusões do 1o Seminário de Apicultores do Estado do Tocantins, realizado nos dias 17 e 18 de outubro de 1997, na cidade de Palmas - Estado do Tocantins
1)- Considerando o atual estágio da apicultura brasileira e mundial, verificamos a oportunidade para a plena utilização dos resultados e benefícios dessa atividade em prol da economia e desenvolvimento de nosso País;
2)- Verificando que a produção agrícola depende diretamente do trabalho polinizador das abelhas, gerando um acréscimo de mais de 40% em média, do obtido entre outras, nas culturas de citrus, café, soja, frutas, sementes, além do aspecto da manutenção das espécies vegetais e do equilíbrio biológico;
3)- Considerando que o Brasil, face a sua riqueza em florestas nativas, consegue obter produtos apícolas orgânicos, sem contaminação por defensivos agrícolas ou por remédios apícolas, de amplo mercado interno e externo gerando valiosas divisas ao nosso País;
4)- Considerando que a apicultura consegue produzir sem esgotar os recursos naturais, proporcionando renda adicional aos agricultores, protegendo ao mesmo tempo o ecossistema contra os agentes de degradação ambiental, tais como a erosão, as queimadas e o desequilíbrio biológico;
5)- Verificando que uma colméia consegue geral uma produção substancial de mel, pólen, geleia real, própolis, cera, apitoxina e seus subprodutos, que resulta em receita da ordem de R$ 373,00 ( Trezentos e setenta e três reais) por ano com despesas de manutenção e equipamentos proporcionais a uma colméia de aproximadamente R$ 92,00 (Noventa e dois reais) concluindo por um saldo anual positivo de R$ 281,00(Duzentos e oitenta e um reais);
6)- Considerando que uma colméia necessita de 0,5 hectares de pasto com vegetação produtiva em néctar e pólen, que resulta em produção economicamente viável, proporcionando uma complementação alimentar ao apicultor e sua família, além de proteger o meio ambiente gera um aumento de produtividade agrícola em média superior a 40% (Quarenta por cento), pela polinização:
7)- Considerando que o aproveitamento propiciado pela apicultura gera rendimentos por hectares superiores a maioria de outras atividades agropecuárias, além de proteger os recursos naturais e o meio ambiente;
Os promotores e participantes do 1o SEMINÁRIO DE APICULTURA DO ESTADO DO TOCANTINS recomendam que seja submetida aos órgãos competentes a proposta que segue:
Seja considerado para efeito de declaração do uso de terra
junto ao INCRA, Ministério da Fazenda, Agricultura, IBAMA e Agentes
Financeiros, a área de 0,5 hectares por colmeia como índice
para cálculo do ITR e uso racional nessa atividade.
Palmas, 19 de outubro de 1997
A APACAME parabeniza os organizadores do evento.
