Sanidade Apícola

Determinação de DL50% de Agroquímico Deltametrina para Abelhas Apis Mellifera Africanizadas

Bovi1, TS; Carrillo2, MP; Souza3, EA; Kadri4, SM; Zaluski5, R; Orsi6, RO.
1 Aluna do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ - UNESP - Campus de Botucatu - thaisbovi@yahoo.com.br
2 Graduanda em Zootecnia Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ, UNESP - Campus de Botucatu - mah_pedraza@yahoo.com.br
3 Aluno do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ - UNESP - Campus de Botucatu - souzaedison@yahoo.com.br
4 Aluno do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ - UNESP - Campus de Botucatu - samirkbr@yahoo.com.br
5 Graduado em Ciências Biológicas, Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de União da Vitória, Paraná- FAFIUV - rodrigozaluski@yahoo.com.br
6 Docente do Departamento de Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - FMVZ, UNESP - Campus de Botucatu - orsi@fmvz.unesp.br

Resumo:

Os agroquímicos utilizados nos campos de cultivos representam uma perigosa fonte de contaminação para as abelhas. Quando contaminadas as abelhas podem sofrer alterações comportamentais que dificultam a comunicação da colmeia e a atividade forrageira, podendo ocasionar a morte de indivíduos, ou até mesmo da colmeia inteira. Dentre os agroquímicos, a deltametrina é comumente utilizada em culturas de soja, café, maçã e citros, sendo a última cultura muito visitada por abelhas Apis mellifera africanizadas. Dessa maneira, o presente trabalho teve como objetivos determinar a DL50% do agroquímico deltametrina em abelhas Apis mellifera africanizadas, por meio de testes de contato e ingestão. O experimento foi conduzido na Área de Produção de Apicultura da Fazenda Experimental Lageado, UNESP, Campus de Botucatu-SP. Para o teste de contato, as abelhas receberam 2 µL das diferentes concentrações do pesticida, com auxílio de micropipetador, na região dorsal do tórax, nas concentrações 0; 0,008; 0,004; 0,002; 0,001 e 0,005 µg/abelha. Para o teste de ingestão, foi fornecido 1 mL de mel contendo as diferentes doses do agroquímico de 0; 0,2; 0,1; 0,05; 0,02 e 0,01µg/abelha. Em ambos os testes, foram utilizadas 10 abelhas campeiras. Após a aplicação do pesticida, as abelhas foram transferidas para caixas plásticas (15x9x6 cm) e mantidas a temperatura ambiente por 24h. O controle do teste de contato recebeu apenas água destilada e o controle do teste de ingestão apenas mel. Decorridas 24 horas foi contabilizado o número de indivíduos mortos em cada tratamento. Os experimentos foram realizados em triplicata. Para cálculo da DL50%, os resultados foram submetidos à análise Probit utilizando-se o programa BioStat. As DL50% obtidas para o teste contato e ingestão foram 0,0042±0,0021µg/abelha e 0,0486±0,01 µg/abelha, respectivamente. Conclui-se, que a deltametrina é prejudicial às abelhas Apis mellifera, pois de acordo com a literatura,pesticidas com DL50% inferior a 2,0 µg/abelha são considerados altamente tóxicos.

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