Sanidade Apícola

Ocorrência do Ácaro Varroa Destructor em Apiários Produtores de Pólen no Município de Brejo Grande, Sergipe.

BAVIA, ME1; BRITO, RL2; CASTAGNINO, GLB3; BRITO, PL4; PONTARA, LP5; CUNHA JGC6 ; BRITO, JSA7; HONORATO, GP8.
1 Profa. Coordenadora do Laboratório de Monitoramento de Doenças pelo Sistema de Informações Geográficas (LAMDOSIG) - Escola de Medicina Veterinária- UFBA, newmeb2004@yahoo.com.br,
2 Mestrando UFBA, CBA - lustosaricardo@gmail.com;
3 Professor da Escola de Medicina Veterinária - UFBA, guidocastagnino@ufba.br,
4 Professora Escola Politécnica -UFBA - britopatricia@hotmail.com;
5 Prof.Dr. Departamento de Zootecnia - UEM lucimarbee1@yahoo.com.br;
6 Presidente da Confederação Brasileira de Apicultura(CBA) -  jgcc@terra.com.br;
7 Presidente da Federação de Apicultores do Estado de Sergipe - FAPISE, campo.alegre@ig.com.br;
8 Presidente da Associação de Apicultores de Brejo Grande, campo.alegre@ig.com.br.

Resumo:

O ácaro Varroa destructor tem causado prejuízos ambientais e sócio-econômicos em outros países, os quais aplicam acaricidas no seu controle, podendo contaminar ou depreciar o produto apícola. Os primeiros registros de doenças de abelhas no Brasil foram da década de 70 e pesquisas sugerem que este parasita, além de alimentar-se da hemolinfa das abelhas, pode vir a atuar como vetor de várias enfermidades. O objetivo do trabalho foi investigar indícios de correlação espacial na ocorrência da Varroa destructor nos apiários de 19 produtores da Associação dos Apicultores do município de Brejo Grande, no Estado de Sergipe. A produção de pólen é recente na região e geradora de emprego e renda, os apicultores pesquisados desconheciam a existência do ácaro Varroa destructor. Foram georreferenciadas e coletadas amostras de abelhas da população de 43 apiários em dezembro de 2011 e determinada a taxa de infestação de varroas em abelhas adultas. O georreferenciamento dos apiários foi realizado com o uso de equipamento GPS tipo navegação, as análises espaciais foram realizadas nos softwares de geoprocessamento Terraview e ARCGIS e para, as análises estatísticas, foi utilizado o software EPI INFO. Foram produzidos mapas temáticos de distribuição espacial dos apiários, mapa de densidade de Kernel com base no grau de infestação corrigido pela população de apiários pesquisados. Os resultados apresentaram média de 3,5% de infestação de varroas nos apiários, desvio padrão do percentual de infestação de 3,19 e valores máximo e mínimo de infestação de 18% e 0%, respectivamente. A primeira análise de distribuição espacial da infestação apontou a presença de certa correlação espacial que relaciona as diferentes taxas de ocorrência da Varroa destructor com o período de florada da região e a grande variabilidade genética da população das colônias, pois as mesmas são provenientes da coleta de enxames voadores capturados em colméias-iscas. A pesquisa permitiu a caracterização geográfica do parasita para o período e área de estudo, contribuindo para a aplicação de políticas públicas de controle e erradicação e de educação sanitária para sanidade apícola, convergindo e subsidiando o Programa Nacional de Georreferenciamento Apícola (PNGEO) da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA).  

Palavras-chaves: Apicultura, Varroa destructor, sanidade apícola, geoprocessamento.

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