Sanidade Apícola

Potencial da Citronela no Controle do Ácaro Varroa destructor.

NASCIMENTO, D. M.1; ANDRADE, W. P. 2; VIEIRA, G. H. C.3
1 2 3 Universidade estadual de Mato Grosso do Sul: daniele_ocz@hotmail.com; wagner_paz@hotmail.com; gcv@uems.br;

Resumo:

O presente trabalho objetivou determinar os efeitos de produtos que apresentam citronela no controle do ácaro Varroa destructor, parasita de abelhas Apis melífera. A metodologia consistiu em manter durante vinte minutos, 10 ácaros em gaiolas com óleo de anis, eucalipto e canela nas concentrações de 10, 50 e 200µl, além de um quarto grupo que recebeu apenas água (controle), sendo realizado 4 repetições por tratamento. Essas substâncias foram embebidas em esponjas florais com 1 cm2, evitando-se assim o contato direto com os indivíduos. Após o período de exposição, os ácaros foram transferidos para gaiolas neutras onde permaneceram por seis horas para determinação da taxa de mortalidade. Os óleos essenciais de anis, canela e eucalipto na concentração de 10µl causaram a mortalidade do ácaro nas taxas de 70, 70 e 77,5% respectivamente. Para a concentração de 50µl, a mortalidade foi de 90, 75 e 92,5%, e na concentração de 200µl observou-se valores de mortalidade de 92,5, 52,5 e 92,5%. As atividades dos óleos essenciais foram avaliadas na busca de substâncias naturais alternativas para o controle do ácaro, como eventuais substitutos de um acaricida fumegante inorgânico, cujo uso contínuo tem favorecido o desenvolvimento de resistência dessa praga. Dentre os óleos apresentados, o óleo de eucalipto se mostrou o mais promissor, talvez pela presença de uma outra substância, o eucaliptol. Embora seja desconhecido o modo de ação da grande maioria dos óleos essenciais, seus efeitos acaricidas foram atribuídos à ação destes na fase de vapor, que é quando penetra o corpo dos ácaros através da cutícula, superfície de respiração desses indivíduos. Os óleos essenciais discutidos neste trabalho são possíveis substitutos aos produtos convencionais sintéticos e parecem promissores por apresentarem baixa toxicidade aos mamíferos, rápida degradação e desenvolvimento lento da resistência. Essas características fazem com que os óleos apresentem uma alternativa menos agressiva ao ambiente.

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