Pólen

Avaliação Toxicológica do Pólen de Oiticica (Licania Rigida Benth) em Abelhas (Apis Mellífera L.) Africanizadas

Albuquerque Neto, FA1; Cavalcanti, MT2; Silveira, DC3; França, FV4; Fernandes, AA5; Borges, MGB6; Silva, RA da7; Maracajá, PB8.
1 UFCG/PPGSA, arcanjonetocz@hotmail.com;
2 UFCG/UATA, monicatejoc@yahoo.com.br;
3 UFCG/UAGRA, danielcasimirodasilveira@yahoo.com.br;
4 SEBRAE-PB, fabricio.vitorinos@gmail.com;
5 UFCG/PPGSA, almairalbuquerque@hotmail.com;
6 UFCG/PPGSA, borbagloria@hotmail.com;
7 UFCG/UAGRA, rosilene@ccta.ufcg.edu.br;
8 UFCG/UAGRA, patriciomaracaja@gmail.com.

Resumo:

A toxicidade do pólen para as abelhas é um fenômeno distribuído ao redor do mundo, porém é pouco compreendido. Objetivou-se verificar a toxicidade do pólen, em diferentes frações, da oiticica (Licania rigida Benth) na alimentação de Apis mellífera L.. O experimento foi conduzido na UFCG - Pombal, de novembro à dezembro de 2011. As abelhas selecionadas foram as recém-emergidas. O grupo controle recebeu apenas "cândi" (açúcar e mel na proporção 5:1), e os tratamentos receberam cândi com o pólen. O pólen foi pesado em oito frações (0,25%, 0,50%, 0,75%, 1,0%, 2,5%, 5%, 7,5% e 10%), adicionado ao cândi e colocado em tampas de plástico com uma tela de arame. Também uma tampa plástica com água embebida em um chumaço de algodão. Distribuiu-se 20 insetos por caixa de madeira, estas distribuídas em três repetições, medindo 11 x 11 x 7 cm (C x L x A), tampas de vidro e orifícios nas laterais fechados com tela. Acondicionaram-se as caixas em estufa BOD (32ºC e 70% UR), onde a cada 24 horas foram observadas, adicionado água e retirado às abelhas mortas até que todas morressem. Terminado o bioensaio, utilizou-se o BioEstat 5.0 para análises dos dados, utilizando o Log Rank Test pelo método de Collet na comparação das curvas de sobrevivência. Os resultados das médias de sobrevivência foram de 11 dias (Controle), 9 dias (0,25%), 8,5 dias (0,5%), 8 dias (0,75%) e 7,5 dias (1%), e na comparação das curvas de sobrevivência, observamos que os resultados não foram significativos, onde 0,25% e controle (P=0,7290), 0,50% e controle (P=0,0594), 0,75% e controle (P=0,0831) e 1% e controle (P=0,1181). Logo após testou-se nas concentrações de 2,5%, 5%, 7,5%, e 10% e observou-se que as curvas de sobrevivência foram de 8 dias (2,5%), 6,5 dias (5%), 4,5 dias (7,5%) e 4,5 dias (10%). Na comparação das curvas de sobrevivência observamos resultados significativos em 5,0% e controle (P<0,0001), 7,5% e controle (P<0,0001), 10% e controle (P<0,0001). Diante das análises concluiu-se que houve efeito tóxico do pólen da oiticica nas abelhas, nas concentrações de 5%, 7,5% e 10%.

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