Pólen

Relação entre Parametros Fisico-Químicos do Polen Apícola e Dados Palinologicos

IWANICKI, A.S.N1; SILVEIRA, T. A.1; MARCHINI, L.C.1; MORETI, A.C.C.C2
1 Departamento de Entomologia e Acarologia, ESALQ/USP, Piracicaba, SP, natasha.iwanicki@usp.br; tali_aband@hotmail.com; lcmarchi@usp.br
2 Instituto de Zootecnia, SAA, Nova Odessa, SP, acarmell@hotmail.com

Resumo:

A caracterização físico-química do pólen apícola é importante no controle de qualidade do produto e na sua padronização para possível utilização nas indústrias alimentícia e farmacêutica. As variações na composição, no entanto, estão relacionadas a diversos fatores como: clima, origem botânica, solo, entre outros, e o conhecimento das condições dos diversos locais de produção é importante para o bom entendimento de como o pólen apícola foi produzido. O objetivo do trabalho foi verificar se existe relação entre os parâmetros físico-químicos (proteínas, lipídios e fibras) e os dados referentes aos tipos polínicos presentes nas amostras. O local de coleta do material foi o apiário do Departamento de Entomologia e Acarologia da USP-ESALQ na cidade de Piracicaba, Estado de São Paulo, sendo utilizadas cinco colméias Langstroth com coletores de pólen do tipo frontal. O período de coleta foi de um ano (de julho de 2010 a junho de 2011) sendo coletadas amostras no início e final de cada uma das quatro estações do ano até a obtenção de no mínimo de 50g de pólen/colméia/estação. As amostras foram homogeneizadas, limpas por catação e armazenadas. A preparação das amostras para a análise palinológica foi feita pelo método da acetólise (ERDTMAN, 1952) e as análises qualitativas por comparação com o laminário referência e bibliografias especializadas. A percentagem de lipídios e fibras contidos nas amostras foi determinada utilizando a metodologia adotada pelo Instituto Adolfo Lutz (BRASIL, 2005) e para análise de proteína do pólen, um método adaptado de Shahali et.al. (2007). Os dados foram analisados em quintuplicadas sendo cada colmeia considerada uma repetição e os tratamentos compostos pelas estações do ano. Os resultados foram submetidos à análise pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade. A maior quantidade de proteína nas estações de inverno e primavera pode ter sido influenciada pela maior diversidade polínica destas amostras em relação às outras duas estações. Maiores teores de lipídeos no inverno podem estar associados a um maior percentual de pólen das famílias Myrtaceae e Brassicaceae. Maiores teores de fibras encontrados no inverno e primavera podem estar relacionados com a estratégia de sobrevivência da planta, o que as tornaria mais atrativas aos polinizadores, melhorando a dispersão dos grãos.

Apoio FAPESP e CAPES

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