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A Meliponicultura Como Instrumento de Difusão Agroecológica para Crianças: a Experiência do Grupo Agroecológico Iara, Belém-PA.

Silva, J. B da1; Leão, K. de S2; Muller, P. H. P. de M3; Sousa, J.A. Q de4; Oliveira, Á, L5
1 Estudante de Zootecnia, Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA, Avenida Presidente Tancredo Neves, Nº 2501 Bairro: Montese  Cep: 66.077-901 Cidade: Belém-Pará-Brasil, julianebrito@zootecnista.com.br;

Resumo:

O Grupo Agroecológico IARA surgiu na Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, com o objetivo principal de propagandear conhecimentos agroecológicos dentro e fora da Universidade. Atualmente é composto por profissionais e estudantes de ciências agrárias e trabalha com formas alternativas de produção entre as quais se destaca a meliponicultura - criação de abelhas indígenas sem ferrão. As abelhas sem ferrão são consideradas elementos de extrema importância para a manutenção da vida no planeta e podem ser facilmente manipuladas por crianças, jovens e adultos. O uso de metodologias participativas, que consistem na utilização de elementos práticos do cotidiano dos participantes como instrumento pedagógico para o aprendizado, foi empregado. Sendo o empoderamento do conteúdo ministrado, por parte dos participantes, o objetivo central. A partir dessa noção, foi promovida uma série de oficinas teóricas e práticas, em escolas da rede pública de ensino, para crianças entre 6 a 12 anos de idade, em vários municípios do estado do Pará. Na parte teórica foram usados equipamentos audiovisuais, fotos, pinturas e gravuras, além de jogos e dinâmicas, a fim de garantir a participação e interação do público com o tema. Na parte prática as crianças foram divididas em grupos com 5 (cinco) integrantes para visualizar as colméias de abelhas, no intuito de facilitar a explicação do assunto e gerar menos estresse as mesmas. A utilização da meliponicultura contribuiu para facilitar a construção do conhecimento sobre a educação ambiental, já que a maioria das crianças participantes são filhos de pequenos agricultores e já trabalham no campo. Sendo assim, as oficinas geraram conhecimentos nas áreas ambientais, econômicas, sociais e culturais complementando o saber gerado, ao longo de suas vidas escolares, e influenciando em suas formações culturais, além de subsidiar a divulgação da meliponicultura entre as crianças. A meliponicultura, como instrumento pedagógico de multiplicação do conhecimento agroecológico, torna-se viável. As crianças conseguiram interagir com a temática aplicada, percebendo a importância das abelhas para o equilíbrio do ecossistema. Logo, o foco da educação ambiental foi amplamente frisado e as crianças entenderam que as atividades produtivas não precisam ser destrutivas para o meio ambiente.

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