APACAME - Mensagem Doce 116

Resumo:

O objetivo deste trabalho foi obter dados sobre o diâmetro das árvores utilizadas como local de nidificação pelas abelhas jandaíra no Rio Grande do Norte. Foram amostrados 72 troncos de árvores obtidos por meliponicultores, sendo 50 (69,4%) de Commiphora leptophloeos, 21 (29,2%) de Caesalpinia pyramidalis e, apenas, 1 (1,4%) de Myracroduon urundeuva. Os perímetros externos dos troncos foram medidos com fita métrica e utilizados para cálculo dos diâmetros. Estas medidas fornecem indiretamente as dimensões dos ninhos. A média, em centímetros (cm), do diâmetro dos troncos foi de 13,96cm, tendo como maior diâmetro 35,66cm e o menor diâmetro de 7,96cm, ambos de troncos de C.leptophloeos habitados por Melipona subnitida. O menor diâmetro observado de C.pyramidalis foi de 9,23cm, sendo o maior de 22,61cm. O diâmetro da M. urundeuva foi de 18,15cm contendo um ninho de M. subnitida. Foram observados 2 (4,8%) ninhos de Frieseomelitta sp., 8 (19,0%) ninhos de Plebeia sp 32 e (76,2%) ninhos de Melipona subnitida. Esta última espécie de abelha demonstrou uma preferência por C. leptophloeos, pois 65,7% dos seus ninhos estavam nesta espécie de árvore. Embora 30 (41,7%) dos troncos analisados se encontrassem vazios, eles outrora foram habitados por meliponíneos. A Caesalpinia pyramidalis e a Commiphora leptophloeos são as espécies arbóreas mais utilizadas para nidificação, pois apresentam uma freqüência considerável de ninhos de meliponíneos, reforçando a necessidade de se fazer uma preservação e reflorestamento da mata nativa da caatinga. Nossos dados estão de acordo com os resultados obtidos por Martins et al, 1994, enfatizando a importância destas duas árvores para nidificação das abelhas jandaíra.

Palavras Chave: Troncos - ninhos - Melipona subnitida

Apoio Financeiro: CAPES

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