Criação Racional

Qual a Melhor Maneira de Dividir Colônias de Melipona: Método Tradicional ou Mini-Colônias?

Teixeira, J. C. da S.1; Leão, K. S.3; Queiroz, A. C. M.2; Santos, R. I. R.1; Cordeiro, H. K. C.1; Lage- Filho, N. M1.; Venturieri, G. C2.; Menezes, C.2
1 Universidade Federal Rural da Amazônia UFRA, Joyce_agronomia@hotmail.com;
2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA;
3 Universidade Federal do Pará.

Resumo:

A demanda por colônias de meliponíneos é crescente e os atuais métodos de multiplicação não conseguem atende-la. O objetivo deste trabalho foi avaliar quatro possibilidades de divisão de colônias: (1) método tradicional, utilizando 50% de material biológico da colônia mãe, deixando a colônia-filha órfã, com discos de cria velhos e campeiras; (2) mini-colônia órfã, recebeu 10% de material biológico da mãe (um favo velho e 100 operárias novas); (3) mini-colônia com rainha fisogástrica, igual ao método 2, recebeu adicionalmente uma rainha fisogástrica; (4) mini-colônia com rainha fisogástrica em confinamento; igual ao método 3, porém mantida fechada durante seu desenvolvimento. Foram produzidas cinco colônias filhas de cada método, acompanhadas durante 80 dias, alimentadas com mel e pólen semanalmente. Os experimentos foram feitos em Belém-PA, entre janeiro e março, com a espécie M. flavolineata. Os resultados foram: (1) Método tradicional: três colônias se desenvolveram bem, exigindo poucos cuidados após a divisão, uma morreu, outra ficou fraca; (2) mini-colônia sem rainha fisogástrica: as três se desenvolveram razoavelmente bem, necessitaram de cuidado intenso, uma colônia morreu, outra ficou muito fraca precisando de reforço no número de abelhas; (3) mini-colônia com rainha fisogástrica: uma rejeitou a rainha fisogástrica e precisou de uma nova rainha, as outras quatro aceitaram as rainhas e se desenvolveram bem; (4) mini-colônia com rainha fisogástrica em confinamento: uma colônia morreu, outra ficou muito fraca, as demais se desenvolveram, mas pararam a postura após dois meses e meio; essas tiveram desenvolvimento fraco precisando de muitos cuidados, como remoção de lixo e larvas de forídeos. Conclui-se que o método de divisão tradicional é o mais indicado porque exige pouca manutenção das colônias filhas. As três alternativas com mini-colônias foram mais trabalhosas, pois as filhas estavam menos aptas a se defender de parasitas e precisaram de manutenção constante. Porém a taxa de sucesso das mini-colônias foi semelhante ao da divisão tradicional, especialmente dos tratamentos 2 e 3, indicando que é viável formar colônias filhas a partir de pequenas quantidades de material biológico. O confinamento se mostrou uma opção viável, mas a manutenção é ainda maior e após determinado tempo a colônia precisa ser aberta.

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