Criação Racional

Manejo da Jandaíra Melipona Seminigra Merrillae Cockerell, 1919, em Viveiro Florestal Urbano.

1Marialva, W. A.; 1Bustamante, N. C. R.; 1Lopes, M. C.; 2Barbosa-Costa, K.
1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Departamento de Ciências Florestais, (UFAM/FCA/DCF). E-mail: ncbustamante@ufam.edu.br
2 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Núcleo de Socioeconomia. E-mail: kliltonb@gmail.com

Resumo:

A Melipona seminigra merrillae Cockerell, 1919, popularmente conhecida como jandaíra, abelha-amarela ou uruçu boca-de-renda, é uma das espécies de abelhas indígenas sem ferrão endêmicas de Manaus. É, reconhecidamente, a abelha mais criada por meliponicultores, em caixas apropriadas ao seu desenvolvimento, na área urbana e periférica da cidade. Devido a sua capacidade de adaptação ao meio urbano é uma das espécies de abelhas que se destaca pela preferência dos criadores, pois a capacidade de divisão ou multiplicação das colônias, aliado ao potencial melífero e polinífero, elege esta espécie como uma das abelhas mais criadas, em Manaus, porém a rusticidade de seu manejo, pelo uso indiscriminado de diferentes volumes de caixas, chega apresentar uma dos fatores limitantes a criação, embora já existam iniciativas para esta atividade. O objetivo foi verificar o tempo e a quantidade de multiplicações possíveis da espécie Melipona seminigra, em diferentes volumes de caixa, no período de um ano. Aleatoriamente, quatro colônias, no Meliponário do Viveiro Florestal da UFAM, foram transferidas para dois volumes de caixas-padrão baseadas no modelo INPA, com modificações para este projeto (6.835L e 5.022L), respectivamente, tamanho de 21X21cm e 18X18cm. Foram, alimentadas três vezes por semana, no período da manhã, com xarope (água+açúcar), na proporção de (1:1) e 20g de pólen de Apis mellifera Linnaeus, 1758 misturados e fornecido as abelhas em copos descartáveis. A cada dois meses foram realizadas multiplicações e avaliações do desempenho nos dois volumes de caixa. Obtivemos 42 colônias a mais no Meliponário. Para a caixa 18X18cm obtivemos 12 multiplicações (28,57%), enquanto que para a caixa 21X21cm, obtivemos 30 multiplicações (71,43%). Apesar do volume de caixa ser um dos fatores que auxilia no desempenho das multiplicações das colônias, pela rápida ocupação do espaço, tal desempenho não foi observado neste trabalho para as colônias nas caixas 18X18cm, pois ocorreu ataque de forídeos (inimigo natural), comprometendo os resultados esperados. A escolha aleatória pode ter conduzido às caixas 18X18cm colônias fracas, em relação às colônias das caixas 21X21cm, que se desempenharam melhor. A caixa 21X21cm foi que a que melhor respondeu no experimento.

PALAVRAS-CHAVE: forídeo, multiplicação de colônias, volume de caixa-padrão.

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