Mel

Qualidade Físico-Quimica do Mel Produzido na Região Norte de Mato Grosso

SCHUCK, DA1; WOBETO, C2; DUCATTI, KR1; ROSA, CCB2; ARRUDA, F.M3
1 Acadêmicos de Agronomia UFMT/Campus de Sinop - schuckdaniel@yahoo.com.br;
2 Professores da UFMT/Campus de Sinop - wobeto2003@yahoo.com.br;
3 Técnico do Laboratório de Tecnologia de Alimentos - UFMT.

Resumo:

A região norte mato-grossense abrange a faixa de transição do cerrado para o bioma amazônico, e devido ao seu clima e florada exuberante, apresenta condições ideais para o desenvolvimento da apicultura. Neste trabalho foi avaliada a qualidade do mel de Apis mellifera de três produtores de cada uma das quatro associações (Sorriso, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã e Sinop), em três etapas da extração do mel: na coleta, no processamento (após desoperculação), e após o envase (produto pronto para ser vendido ao consumidor). As análises físico-químicas das amostras foram feitas no laboratório de tecnologia em alimentos da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Sinop. As características analisadas nas amostras foram a quantidade de cinzas e de sólidos insolúveis em água. Na análise do teor de cinza das amostras coletadas, um produtor P1, da associação A, nas amostragens A1, A2 e A3 apresentou teor de cinza maior do que o permitido pela instrução normativa 11, de 20 de outubro de 2000 do Ministério da Agricultura, isso indica que a contaminação ocorreu no apiário. Outro produtor P2, da associação B, teve teor de cinza acima do permitido pelo MAPA apenas na amostra do mel embalado que é vendido ao consumidor (A3), indicando que a contaminação ocorreu nos tanques de decantação ou durante o envase do mel. Portanto, 11,11% das amostras analisadas tiveram teor de cinzas acima do permitido. Na análise de sólidos insolúveis em água, 15,74% das amostras analisadas apresentaram um teor de sólidos insolúveis maior que o permitido pelo MAPA. Porém essas amostras não haviam sido filtradas, e o valor elevado de sólidos insolúveis se deve a uma quantidade grande de cera encontrada nessas amostras. Desconsiderando-as, não há amostras com valores acima do permitido de sólidos insolúveis. Pode-se concluir que nos parâmetros de teores de cinzas e de sólidos insolúveis, 88,89% das amostras coletadas estavam dentro do padrão exigido pelo MAPA. Recomenda-se realizar palestras de aperfeiçoamento do processo e colheita e processamento visando melhorar a qualidade do mel na região analisada.

Palavras-chave: Apis mellifera, cinzas, sólidos insolúveis.

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