APACAME - Mensagem Doce 116

Resumo:

Com intuito de verificar possíveis adulterações ou alterações nos méis comercializados na cidade de Itamarandiba-MG, desenvolveu-se essa pesquisa. A partir do levantamento dos méis presentes no comércio da cidade anteriormente citada foi adquirida, aleatoriamente, uma amostra de cada marca comercial que não possuísse o selo de inspeção federal (SIF) ou estadual (IMA), totalizando cinco amostras. As análises físico-químicas foram realizadas no Laboratório de Análise de Alimentos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, no Município de Diamantina-MG, sempre em triplicada. Baseando-se na metodologia preconizada pelo Instituto Adolfo Lutz foram realizadas as seguintes análises: reação de Lugol e de Lund, acidez; umidade; hidroximetilfurfural (HMF); açúcares redutores e cinzas. Os resultados obtidos nas reações de Lund e Lugol foram positivos apenas para amostra 5, o que é um indicador de adulteração por adição de açúcar comercial, entretanto foi a única amostra que apresentou acidez menor que 50 meq.kg-1. Em relação ao teor de umidade, apenas a amostra 1 ultrapassou o valor de 20%. Na análise de HMF, as amostras não excederam os valores estabelecidos pela Instrução Normativa (11/2000), que é 65 mg/Kg. O mesmo ocorreu para açúcares redutores, não ocorrendo valores inferiores a 65 g/100g. O máximo teor de resíduo mineral fixo no mel permitido pela legislação é de 0,6%, valor que não foi atingindo em qualquer amostra. Assim, pode-se concluir que os méis avaliados apresentaram-se fora dos padrões mínimos de comercialização, o que indica a necessidade de melhoria no processo produtivo.

AGRADECIMENTOS À Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais e a UFVJM pelo apoio financeiro.

Mel

Avaliação da Qualidade dos Méis da Cidade de Itamarandiba-MG