Mel

Avaliação da Capacidade Antioxidante de Amostras de Méis de Apis Mellífera l. 1758 de Ribeira do Pombal-BA, e sua Correlação com Cor e Conteúdo Totais de Fenóis

Almeida, AMM1,2; Oliveira, MBS1; Valentim, IB1, Costa, JG1,3; Goulart, MOF1
1 Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Instituto de Química e Biotecnologia, Av. Lourival Melo Mota, s/n, Tabuleiro do Martins, 57072-970 Maceió- AL, Brasil.
2 Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), Estação Experimental, Nova Soure, Bahia albmagmatos@ig.com.br
3 Embrapa Tabuleiros Costeiros, Aracaju, Se

Resumo:

O mel apresenta na sua constituição compostos que lhe podem conferir propriedades antioxidantes como os polifenóis e os flavonóides. A cor do mel está relacionada com a origem floral e com o conteúdo de compostos fenólicos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a capacidade antioxidante de 15 amostras de mel de Apis mellifera L. provenientes da microrregião Ribeira do Pombal-BA e correlacionar a cor do mel com o conteúdo total de fenóis. Para a capacidade antioxidante foram realizados três ensaios com o radical DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila), o FRAP (capacidade antioxidante por redução do ferro) e o CUPRAC (capacidade antioxidante por redução de cobre). O conteúdo total de fenóis (CTF) das amostras foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteu e para verificação da cor utilizou-se o método colorimétrico e a classificação foi dada pela escala de Pfund. Todas as amostras mostraram capacidade sequestradora de radicais, apresentando um consumo de DPPH que variou de 15 a 25% em 5 min, em relação ao padrão ácido gálico, que consome 100% deste radical. Os ensaios de FRAP e CUPRAC mediram a capacidade redutora das amostras, apresentando valores entre 54 a 243 µmol de equivalentes de Trolox/ g de mel para FRAP e entre 27 a 78 µmol de equivalentes de Trolox/g de mel para CUPRAC. Todas as amostras tiveram tal capacidade com destaque para seis amostras colhidas nos municípios Ribeira do Amparo, Tucano e Euclides da Cunha, sendo a vegetação predominante de caatinga. O teor em fenóis totais variou 7 - 23 mg de equivalentes de ácido gálico/g de mel, as amostras com valores acima de 10 mg EAG/g de mel apresentaram predominância de cor âmbar e âmbar escura, totalizando 53% das amostras analisadas. Duas amostras branco e extra branco apresentaram baixos resultados em fenóis totais. De acordo com a correlação de Spearman houve uma associação elevada e positiva entre cor e CTF (r = 0,785; p<0,001). Assim, todas as amostras apresentaram capacidade antioxidante e a maioria apresentou cor escura com maior conteúdo total de fenóis. Esses resultados contribuem para valorizar o mel na microrregião Ribeira do Pombal-BA, gerando subsídios para o desenvolvimento da apicultura regional.

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