Biologia e Manejo

Produção de Cera de Abelhas (Apis mellifera) na Zona da Mata Alagoana, Utilizando dois Métodos

Lira, T. S1; Beelen, R. N1; Ferro, J. H. A3; Melo, D. B. M4; Almeida, D.A.S1; Lima, E.G1 ; Moura, J.T1; Araujo, D. F. D5
1 Universidade Federal de Alagoas - thlira_@hotmail.com
3 Instituto Federal de Alagoas/Campus Santana do Ipanema - harlissonferro@hotmail.com
4 Instituto Federal de Alagoas/Campus Satuba - diogozte@gmail.com
5 Universidade de São Paulo/ESALQ - diogofdaraujo@gmail.com

Resumo:

A zona da mata alagoana é caracterizada por um domínio da monocultura da cana-de-açúcar, com pouquíssimas áreas remanescentes de vegetação nativa. Aliado a isso, a região não apresenta muita diversidade florística que permitam retorno financeiro ao apicultor, quando a atividade é exclusivamente voltada à produção de mel. Os apiários da região produzem basicamente o mel denominado melato, proveniente do exsudado da cana-de-açúcar após o corte. Em virtude de sua coloração escura e aroma menos apreciado, o melato possui baixo valor comercial. A produção de cera de abelha é uma alternativa interessante, pois seu sistema de produção é fácil, e pode-se agregar valor ao transformá-la em cera alveolada. Objetivou-se avaliar dois métodos de produção de cera de abelhas Apis mellifera africanizadas na Zona da Mata alagoana. O experimento foi realizado no apiário experimental da Universidade Federal de Alagoas, de janeiro a maio de 2011. Foram utilizadas 12 colônias de abelhas africanizadas, seis para o método de produção por guias de cera alveolada e seis para o método de produção por desalojamento de abelhas. As colônias foram preparadas a partir de quadros oriundos de colméias doadoras e alojadas inicialmente em núcleos. A partir do momento de transferência para ninhos até o fim do experimento todas as colônias receberam alimentação suplementar energética e protéica. A cera produzida em cada colônia foi processada por derretimento em banho-maria, filtrada e colocada em moldes para solidificação. Os blocos resultantes foram pesados para determinação da produtividade por colméia. A produção total de cera obtida das colônias pelo método de guias e desalojamento foi de 826,96 g e de 977,61 g, respectivamente. Apesar da produção de cera ter sido maior no método de desalojamento, a colônia mais produtiva (587,23 g de cera) pertencia ao grupo do método de guias. A colônia mais produtiva do método de desalojamento produziu 333,77 g de cera. Não se observou diferença significativa na produção de cera entre os métodos de produção avaliados. Diferenças quantitativas na produção de cera entre as colônias de cada método foram observadas. Parece existir uma predisposição genética de algumas colônias, as quais são mais eficientes na produção de cera.

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