Biologia e Manejo

Avaliação da Temperatura Torácica de Abelhas, Apis Mellifera, no Sertão Pernambucano

Tavares1, RF; Queiroz2, ML; Costa-Maia3, M; Oliveira5, JR; Nascimento6, Costa7, CFS. GJR;
1 Universidade Federal Rural de Pernambuco, e-mail: rosa.tavares83@hotmail.com
2 Universidade Federal Rural de Pernambuco, e-mail:lourqueiroz@hotmail.com
3 Universidade Tecnológica Federal do Paraná, e-mail: fabianamcosta@utfpr.edu.br
5 Universidade Federal Rural de Pernambuco, e-mail: jrocha@df.ufrpe.br
6 Universidade Federal Rural de Pernambuco, e-mail: gustavoramoszootecnista@hotmail.com

Resumo

O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito do sol e da sombra na temperatura torácica das abelhas operárias, Apis mellifera, africanizadas no município de Ibimirim, localizado a 414m de altitude, com coordenadas - 08°31'2" S e - 37°42'30" W. Segundo a classificação de Köeppen, o clima é do tipo Bsh (semiárido quente com inverno seco). As variáveis estudadas foram: temperatura torácica das abelhas operárias, temperatura do ar, temperatura do globo negro, umidade relativa do ar, velocidade do vento, carga térmica radiante e a convecção. Os tratamentos foram: abelhas do alvado de colmeias ao sol, sob sombrite com retenção de 80% de raios solares e sob sombra natural, proporcionada predominantemente por algarobeiras (Prosopis juliflora). Foram coletadas 80 operárias em cada tratamento, imobilizadas em uma gaiola de contenção para rainha. A medição da temperatura foi feita utilizando um mini-termopar tipo T - 50 (Cobre/Constantan) no mês de dezembro de 2011. Realizou-se as análises de variância entre os dos tratamentos com a temperatura torácica das abelhas e com as variáveis ambientais. Todos os procedimentos estatísticos foram realizados utilizando-se o software R, versão 2.14, 2011. A temperatura ambiente ao sol não diferiu (p>0,05) daquelas observadas nos tratamentos com sombra. Por outro lado, foi observada menor (p<0,05) temperatura ambiente no tratamento com sombrite que na sombra natural. A carga térmica radiante apresentou maior (p<0,05) média, 725 W.m-2, no tratamento ao sol, diferente dos outros tratamentos que apresentavam um bloqueio da passagem dos raios solares, com médias que não apresentaram diferença significativa (p>0,05) entre si, de 587 e 563 W.m-2 à sombra de sombrite e natural, respectivamente. As diferenças encontradas nas variáveis climáticas externas dos três tratamentos, não foram suficientes para influenciar a temperatura torácica das abelhas, não se observando, portanto, diferenças significativas (p>0,05) nesse parâmetro fisiológico dos insetos. O ambiente não influenciou a temperatura individual das abelhas operárias, no sertão de Pernambuco.

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