Alimentação Artificial

Eficiência de dieta artificial proteica como substituto alimentar para abelhas Apis mellifera

Aline Patricia Turcatto1, Joyce M. V. Almeida2, Rogério Ap. Pereira1, e David de Jong1, César Ramos Junior3, Michelle Manfrini Morais4
1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/Dept. Genética
2Programa de Pós-Graduação em Entomologia/FFCLRP-USP
3Natucentro Indústria e Apiários Centro Oeste Ltda
4 Universidade Federal de São Paulo- Unifesp/Dept. de Ciência e Tecnologia

Proteína é um dos ingredientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento normal das abelhas. Sendo assim, a falta ou baixa qualidade deste produto, principalmente em períodos de escassez alimentar na natureza, poderá comprometer o desenvolvimento normal e crescimento da colônia. Dessa maneira, este trabalho objetivou avaliar em laboratório a eficiência de uma dieta artificial proteica formulada em parceria com apicultores do Centro Oeste de Minas Gerais. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Biologia e Genética de Abelhas (APILAB) no Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Para este experimento, foram utilizadas abelhas operárias recém-emergidas confinadas em gaiolas, onde foram alimentadas com as seguintes dietas: B1 - beebread (controle positivo); B2 - xarope de água em açúcar com concentração de 70% (controle negativo) e B3 - dieta a base de ovo em pó, levedura de cana, açúcar e milho fermentado. Após sete dias de confinamento foi retirada hemolinfa de um pool de 10 abelhas operárias de cada tratamento, e a concentração proteica dessas amostras de hemolinfa foi determinada posteriormente pelo método de Bradford (1976) e a quantificação das amostras foi realizada por leitura em um comprimento de onda de 595 nm em espectrofotômetro. Dessas dietas verificamos que a dieta B3 não apresenta diferença estatística em relação à dieta B1(controle positivo) (p=0,175), e ambas as dietas B1 e B3 apresentaram diferença estatística significante em relação à dieta B2 (controle negativo) (p=<0,001). Assim, devido a esses ensaios, pudemos concluir que a dieta artificial testada (B1), apresenta bons resultados quando comparada com o controle positivo dentro de laboratório, faltando ainda dados conclusivos de campo para atestarmos sua eficácia e posterior recomendação para serem utilizadas como substituto alimentar por apicultores para manter suas colônias em períodos de escassez de alimento.

Apoio: Sebrae - Minas gerais

Palavras chave: Alimentação artificial, Apis mellifera, Nutrição abelhas

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