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A EXPANSÃO DA APICULTURA E DA TECNOLOGIA APÍCOLA NO NORDESTE BRASILEIRO, COM ESPECIAL DESTAQUE PARA O RIO GRANDE DO NORTE

Lionel Segui Gonçalves-FFCLRP-USP Ribeirão Preto-SP (lsgoncal@usp.br)
David De Jong-FMRP-USP Ribeirão Preto-SP
Katia Peres Gramacho-UNIT-Aracaju-SE

As últimas duas décadas correspondem ao período em que o agronegócio apícola mais se expandiu no nordeste brasileiro, com maior intensidade nos últimos dez anos. A apicultura bem como a meliponicultura nordestina apresentam hoje uma posição de grande destaque nacional e internacional pela produção de mel e outros produtos das abelhas, com diferentes características e excelente qualidade orgânica. Estima-se atualmente a produção nacional de mel no Brasil ao redor de 50 mil toneladas/ano, embora as estatísticas do IBGE não confirmem essa produção, uma vez que ainda não há um levantamento preciso desses dados no Brasil. A única estatística precisa existente no país diz respeito às exportações de mel, as quais aumentam a cada ano. Segundo o IBGE em 2008 o Brasil exportou 18,2 mil toneladas de mel, sendo que até setembro de 2009 o país já havia exportado 26 mil toneladas de mel, sendo os Estados Unidos e a Alemanha nossos maiores compradores. O sul e sudeste do Brasil tem sido as regiões mais produtoras de mel, com maior destaque para o Rio Grande do Sul. No entanto, alguns estados nordestinos como o Ceará, Piauí ,Bahia e Rio Grande do Norte vem aumentando consideravelmente suas produções nos últimos anos, sendo que atualmente o nordeste é responsável por aproximadamente 30% das exportações apícolas brasileiras. Em setembro de 2009 o Ceará sozinho respondeu por um quinto das exportações brasileiras de mel do país, fato que mostra claramente o grande potencial apícola da região nordestina.

A expansão da apicultura no nordeste brasileiro começou praticamente a partir da década de 90, fato constatado pelo grande aumento do número de apicultores nos congressos de apicultura a partir do XI Congresso Brasileiro de Apicultura realizado em 1996, em Teresina, no Piauí, seguido pelo XII Congresso Brasileiro de Apicultura em 1998, em Salvador-Ba. Estes dois congressos realizados no nordeste despertaram ainda mais o interesse do agronegócio apícola. As condições climáticas da região nordestina altamente favoráveis à exploração da apicultura assim como as amplas áreas livres disponíveis e com vegetação isenta de agrotóxicos motivaram inclusive o deslocamento de muitos apicultores de várias regiões do país, em especial do sudeste brasileiro para o Nordeste. Após esses dois eventos no Piauí e Bahia, ocorreu o lançamento do 1º Congresso Norte-Nordeste de Apicultura, realizado em 2001, em Natal-RN, tendo como Presidente da Federação Apícola do Rio Grande do Norte o apicultor potiguar Sr. Elidio Francisco Dias, já falecido, que juntamente com o Sr. Valdemar Belchior Fo., ambos visionários, colocaram o Rio Grande do Norte no cenário apícola nacional. No ano de 2002, coube ao Estado do Ceará realizar um Seminário, tendo sido organizado no Crato-CE, em 30/11/2002, pela empresa cearense "Cearapi, Brazilian Organic Honey" e Fundação Araripe. O "Seminário de Apicultura Orgânica" constituiu-se no primeiro evento brasileiro a discutir sobre a importância da produção do mel orgânico no nordeste com vistas ao mercado internacional. A seguir, o nordeste brasileiro voltou a sediar outro congresso apícola brasileiro, desta vez o XV Congresso Brasileiro de Apicultura, realizado em 2004 no Rio Grande do Norte, em Natal, sendo esse último o maior evento apícola brasileiro realizado até o presente, congregando mais de 3000 participantes e com uma Feira de Exposição com aproximadamente 100 stands de empresas brasileiras, fato que superou todas as expectativas dos organizadores. A afluência de apicultores nordestinos para o referido congresso foi tão grande que os organizadores do evento tiveram inclusive que suspender as inscrições no dia do congresso por falta de espaço físico. Era evidente que o nordeste brasileiro havia despertado para a exploração apícola, sendo a região nordestina considerada o "mar do mel" do país, destacando-se principalmente os estados do Piauí, Ceará e Bahia pelas suas produções e exportações de mel. A seguir, em 2006, houve a realização do XVI Congresso Brasileiro de Apicultura em Aracaju-SE e, mais recentemente, ocorreu na Bahia, em Salvador, de 4 a 6 de novembro de 2009, o 1º Congresso Nordestino de Apicultura e Meliponicultura que, mesmo sendo um congresso regional, reuniu mais de 1000 apicultores, tendo inclusive uma concorrida Feira de produtos da cadeia apícola da região que contou com significativa visitação pública. Esse último evento, além da sua importância para toda a região nordestina, teve também importância para a apicultura nacional, uma vez que a CBA-Confederação Brasileira de Apicultura aproveitou-se da ocasião para realizar uma reunião oficial das Federações de apicultura do país, contando com participantes de 18 Estados brasileiros, representando suas respectivas Federações de Apicultores, para discutir os problemas e programas da Confederação Brasileira de Apicultura para 2010 e, em especial, para informar e discutir sobre as providências já tomadas em relação à organização do próximo Congresso Brasileiro de Apicultura a ser realizado em Cuiabá, no Mato Grosso, de 19 a 22 de maio de 2010 e a organização do X Congresso Iberolatinoamericano de Apicultura a ser realizado em Natal, Rio Grande do Norte, de 11 a 14 de outubro de 2010. A realização desse congresso internacional em Natal certamente propiciará para os apicultores brasileiros a oportunidade de divulgação, em nível internacional, do estatus da apicultura brasileira, bem como uma excelente oportunidade para conhecimento de novas metodologias e tecnologias relacionadas às áreas da apicultura e meliponicultura desenvolvidas nos países iberolatinoamericanos.

Assim, com base nos eventos realizados e programados nesses últimos anos no nordeste brasileiro constata-se o significativo aumento das atividades apícolas nos Estados nordestinos e principalmente seu grande potencial de crescimento, inclusive com produção de materiais apícolas de excelente qualidade como é o caso da empresa Apiagro de Picos-PI, que produz material apícola de aço inoxidável (centrífugas manuais e eletrônicas, tanques, decantadores, homogenizadores etc.) . Embora os Estados do Piauí e Ceará sejam os maiores produtores e exportadores de mel do nordeste, constata-se também que o Estado do Rio Grande do Norte, que até poucos anos nem aparecia no cenário nacional como produtor de mel, nos últimos cinco anos vem aumentando muito sua produção apícola e recentemente já começou a exportar mel. As atividades apícolas do RN iniciaram-se em torno de 2002, por meio de capacitações realizadas no interior do Estado e em Congressos de Apicultura ,inclusive com Clínicas sobre temas apícolas oferecidas pelo SEBRAE-Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, fato que colaborou muito para o aumento do número de apicultores. Segundo a Federação de Apicultura do RN, a produção de mel no Estado vem crescendo ano a ano, sendo que no ano de 2007 o RN produziu 600 toneladas de mel, em 2008 passou para 1.065 toneladas e, segundo a Federação de Apicultura do RN, até outubro de 2009 já havia produzido e exportado mais de 1.700 toneladas de mel. No entanto, embora tenha um bom potencial apícola o RN ainda não tem tradição como produtor e exportador de mel, existindo no Estado apenas duas empresas exportadoras (a Afical e a Mel Potiguar). Segundo a Federação de Apicultura do RN existem no Estado pouco mais de cem mil colméias, sendo que a maioria dos produtores possuem entre 20 a 100 colmeias e raros apicultores possuem mais de 200 colmeias. Embora a produção do Estado seja ainda baixa, hoje o RN já ocupa o 6º lugar no rank dos maiores exportadores de mel do país. Segundo dados recentes do IBGE, o município de Apodi-RN é hoje um dos grandes produtores de mel do RN e um dos Municípios de maior produção de mel do nordeste, tendo sido responsável pela produção de 500 toneladas de mel em 2008, o que representou a metade da produção do Estado naquele ano (1065 toneladas), fato que demonstra o potencial apícola da região.

Embora a exploração da apicultura e da meliponicultura venha se desenvolvendo bastante no nordeste brasileiro, a região é ainda muito carente de laboratórios e de centros de pesquisas sobre as abelhas e de laboratórios de análises de produtos das abelhas em geral, ficando tanto os apicultores como meliponicultores muito desamparados de apoio para resolver seus problemas vinculados ao agronegócio apícola. Em virtude do crescente aumento das exportações de mel, cera, própolis e geléia real produzidos no nordeste e devido à exigência cada vez maior do mercado estrangeiro em relação à pureza, higiene e qualidade dos produtos apícolas, principalmente dos orgânicos, os produtores nordestinos sentem, cada vez mais, a necessidade de apoio tecnológico na região para avaliação e certificação de seus produtos. A mesma dificuldade se observa em relação à carência de produtos e dietas alimentares especiais para as entressafras, falta de cera estampada de qualidade, ausência de centros reprodutores de rainhas ou produtores de rainhas selecionadas. Faltam empresas ou instituições oficiais fornecedoras de colmeias de qualidade e construídas dentro dos padrões internacionais como, por exemplo, colmeias Lansgstroth construídas com as medidas exatas de padrão internacional. Faltam centros especializados para a orientação sobre tecnologias modernas relacionadas à exploração da apicultura e meliponicultura, existindo apenas poucos laboratórios de pesquisas vinculados a Universidades oficiais do nordeste que realizam pesquisas sobre abelhas e seus produtos, como a UFBA, UFRB, UEFS, UFPB, UESB, UFCE, UFPI, UFMA, UEMA, UFAL, UFRN e UFERSA etc., e algumas instituições estaduais vinculadas a Secretarias de Agricultura como, por exemplo, o EBDA, a SEAGRI/SUAF, REPOL e CEPLAC, na Bahia, os laboratórios da Embrapa em Petrolina-PE, Embrapa e Casa Apis no Piauí, o CENTEC no Ceará bem como alguns institutos privados como, por exemplo, o ITP-Instituto Tecnológico de Pesquisa da Universidade Tiradentes em Aracaju-Se. Nessas instituições são desenvolvidas algumas atividades específicas de pesquisa e de extensão sobre biologia de abelhas e análises de produtos das abelhas. No entanto, falta vínculo das mesmas com as Federações de Apicultura dos respectivos Estados para um apoio direto aos apicultores e meliponicultores. É importante ser mencionado que a Confederação Brasileira de Apicultura estará iniciando em 2010 a instalação, nos estados nordestinos, do Programa Nacional de Georeferenciamento de apiários e meliponários e cadastramento de apicultores e meliponicultores, fato que deverá contribuir para a expansão da apicultura e meliponicultura dessa região, o que poderá inclusive motivar e incentivar a integração das Federações de Apicultura com as instituições de ensino e pesquisa dos estados nordestinos. Consideramos fundamental essa integração entre as Federações e as instituições de ensino e pesquisa, pois apesar da existência de alguns laboratórios nas Universidades e demais instituições acima mencionadas, infelizmente ainda não existe no nordeste brasileiro nenhum Centro de Referência em Pesquisas Apícolas, dotado de pessoal especializado e à disposição dos apicultores e meliponicultores para um aperfeiçoamento, capacitação, apoio ou para uma orientação na solução de seus problemas. É notória a falta de tecnificação e mecanização nos apiários nordestinos por falta de assistência. Há também uma carência de pesquisas sobre os problemas apícolas da região nordestina, sendo de extrema importância que sejam incentivadas as pesquisas em apicultura e meliponicultura nas instituições universitárias oficiais e privadas do nordeste.

Quanto aos problemas apícolas da região, embora a produção apícola nordestina venha crescendo significativamente nos últimos anos, mostrando ser uma importante área do agronegócio, infelizmente é notório o prejuízo econômico anual dos apicultores face à alta taxa de enxameação ou abandono das abelhas africanizadas (mais de 50%). Este comportamento de abandono é uma característica das abelhas africanizadas e que se acentua no nordeste brasileiro face às características do clima semi-árido do ecossistema nordestino que é castigado anualmente pela seca e escassez de chuvas, com conseqüente falta de alimento e água para as abelhas. Paralelamente a esse problema certamente existem outros e constata-se também a elevada agressividade dessas abelhas, cuja taxa chega a ser quatro vezes mais alta no nordeste comparada com as abelhas do sudeste brasileiro.

Quanto ao fenômeno de enxameação, uma pesquisa original foi desenvolvida pela Dra. Gesline F. Almeida, com o objetivo de tentar avaliar as causas desse fenômeno. Esta pesquisadora, sob a orientação do Prof. Dr. Lionel S. Gonçalves, realizou seu doutorado com dados experimentais coletados na USP em Ribeirão Preto-SP e na UFERSA, em Mossoró-RN, utilizando-se de Câmaras Climáticas dotadas de sensores para temperatura, umidade e registradores automáticos de vôos (apidômetros), tendo induzido artificialmente colônias de abelhas africanizadas a enxamearem sob o efeito de altas temperaturas. Foi constatado que ao se atingir a temperatura de 41ºC as abelhas abandonam seus ninhos (enxameação por abandono) mesmo na presença de crias e rainha. A simulação em laboratório das condições climáticas do nordeste levou a autora a concluir que altas temperaturas e falta de água são os principais fatores determinantes do comportamento de abandono, recomendando a instalação de colméias à sombra ( sistema de proteção conhecido na região como latadas ) e fornecimento de água potável para reduzir ou evitar as enxameações. Embora essa pesquisa tenha proporcionado interessantes resultados e de aplicação imediata, a mesma deve ainda ser continuada para que sejam conhecidos os demais fatores que interferem no fenômeno da enxameação das abelhas africanizadas, representando apenas um dos inúmeros problemas enfrentados pelos apicultores nordestinos, sendo de fundamental importância para o nordeste o investimento em pesquisas apícolas.

Com respeito à capacitação e programas de apoio aos apicultores nordestinos não podemos deixar de destacar o excelente trabalho de base que o SEBRAE Nacional vem realizando sob a coordenação do Sr. Reginaldo B.Resende, através do importante Programa "Projeto Apis", bem como o importantíssimo apoio institucional que o SEBRAE nacional e dos Estados vem dando à CBA e às Federações de Apicultura nas organizações dos Congressos regionais e nacionais. Além disso, algumas agências do SEBRAE no nordeste tem se dedicado à implantação de cursos intensivos de capacitação de apicultores, com bons resultados, sendo esse serviço especial um dos principais responsáveis pela grande expansão da apicultura do nordeste. Nesse sentido gostaríamos agora de destacar o excelente serviço de apoio à apicultura do Rio Grande do Norte que vem sendo desenvolvido, há mais de seis anos, pela Agência do SEBRAE-Mossoró-RN. Segundo informações obtidas nessa Agência, já foram capacitados até agora mais de 6.000 apicultores e mais recentemente foi iniciado um programa de capacitação para meliponicultores, fato que explica a grande expansão do agronegócio apícola do RN. Além dessas capacitações, atividades de orientação rápida aos apicultores e meliponicultores sobre vários temas tem sido realizadas na forma de "clínicas especializadas" que ocorrem durante congressos ou reuniões especiais organizadas pelo SEBRAE. Além disso, o destaque especial que fazemos para o Estado do Rio Grande do Norte refere-se a uma iniciativa muito especial do Sr. Valdemar Belchior Filho, do SEBRAE-RN, em prol da apicultura e meliponicultura daquele Estado, que foi a criação do CETEC-Centro Tecnológico de Apicultura em Mossoró, com o imprescindível apoio do Superintendente do SEBREAE-RN, Sr. José Ferreira de Melo e do Reitor da UFERSA, Prof. Dr. Josivan Barbosa Meneses Feitoza, numa perfeita integração e parceria entre UFERSA/SEBRAE. O CETEC foi inaugurado oficialmente em 27/7/2007, funcionando na Fazenda Experimental da UFERSA, no bairro Alagoinha, tendo contado inclusive com o apoio do Governo do Estado do RN, do Município de Mossoró e do MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia. O primeiro projeto de pesquisas realizadas foi o "Projeto de Melhoramento de Abelhas Pró-Rainha", ,desenvolvido com recursos do MCT/UFERSA/SEBRAE, idealizado pelo Sr.Valdemar Belchior Filho (Gestor do Projeto Apis do Sebrae-Mossoró) e desenvolvido sob a Coordenação do Prof. Dr. Lionel Segui Gonçalves, docente da FFCLRP-USP de Ribeirão Preto-SP, e responsabilidade de execução da Profa.Dra. Katia Peres Gramacho, da UNIT-Aracajú-SE e com a colaboração do Prof. Dr. David De Jong, da FMRP-USP de Ribeirão Preto-SP, responsável pela criação do laboratório de análise de produtos das abelhas do CETEC. O Projeto conta, desde sua fundação até o presente, com o imprescindível apoio do SEBRAE-Mossoró. Colaboram também ,desde o início do projeto, a Sra. Gunthineia A. Lira , consultora do SEBRAE-RN e o Sr. Carlos Augusto Nunes, técnico agrícola da UFERSA e Gerente da Fazenda Experimental. Participou também até fins de 2008 o Eng. Armando Ferreira da Silva, tendo se responsabilizado pela instalação dos apiários experimentais do projeto e posteriormente foi substituído pela técnica apícola Sra. Nira Lopes de Lima, contratada pela UFERSA. A partir de outubro de 2008 o CETEC passou a contar também com a colaboração do Prof. Dr. Rogerio A. Pereira, bolsista DCR da FAPERN/UFERSA ,sendo o atual diretor do CETEC e responsável pelas análises de mel do Projeto . O centro funciona em quatro prédios antigos da Fazenda Experimental da UFERSA que foram reformados e nos quais estão instalados o Laboratório Central, Laboratório de Produção e Inseminação Instrumental de Rainhas , Laboratório de Comportamento Enxameatório e Sala de Seminários, a Casa do Estagiário com capacidade para 20 pessoas, a Casa do Pesquisador, um Laboratório de Desoperculação e Extração de mel, um Laboratório de Processamento de Cera Estampada e uma Marcenaria completa dotada de maquinários para a produção de colmeias. Para visita aos três Apiários Experimentais do Projeto Pró-Rainha os pesquisadores e técnicos do CETEC contam com um veículo mascote adaptado, dotado de uma pequena carreta para transportar colmeias sendo que cada Apiário apresenta 50 colmeias, havendo ainda um Apiário Especial com Mini-recrias modelo Ribeirão Preto para produção de rainhas e "Banco de Rainhas Selecionadas". Nos prédios do CETEC estão instalados: Laboratório de produção e inseminação instrumental de rainhas, Laboratório de Comportamento Enxameatório de abelhas dotado de Câmara Climática contendo sensores para temperatura e umidade além de sensores com foto-célula para registros automáticos de entrada e saída de abelhas (apidômetros). No Laboratório Central existem todas as facilidades para análises de produtos das abelhas (mel, cera, geléia real e própolis ) estando o mesmo dotado de microscópio, estereomicroscópio Zeiss, refratômetros, medidores de pH, espectrofotômetro, estufas, incubadoras BOD, câmara de fluxo laminar, câmara fotográfica digital, filmadora, aparelhos de inseminação instrumental de rainhas, botijões de CO2 e de Nitrogênio líquido, autoclaves, mufla, balanças eletrônicas, computadores, notebook, impressoras, GPS etc. Embora em funcionamento desde 2006, o CETEC foi inaugurado somente em 2007 após terem sido reformados os prédios porém, desde o início vêm desenvolvendo o Projeto Pró-Rainha e Pró-Mel e vem proporcionando aos apicultores e meliponicultores da região os seguintes serviços: fornecimento de cera estampada (cera moldada) mediante um serviço de venda ou de troca de cera bruta por cera estampada , fornecimento de rainhas virgens selecionadas, análises químicas, físicas e micro-biológicas de méis, disponibilização dos equipamentos apícolas para extração de mel, etc. Além desses serviços especiais o CETEC vêm ministrando, com a colaboração do SEBRAE-Mossoró, cursos intensivos de capacitação e de atualização para apicultores e meliponicultores, cursos de aperfeiçoamento em biologia, genética e comportamento de abelhas, cursos de atualização em patologia apícola além da prestação de serviços de orientação para apicultores, meliponicultores, técnicos apícolas e alunos da UFERSA sobre a instalação e montagem de apiários e meliponários, análises e diagnósticos de doenças apícolas, orientação sobre serviços de polinização de culturas por abelhas etc.

Assim, caso sejam obtidos os recursos necessários para a continuidade e extensão dos serviços e pesquisas no CETEC/UFERSA, em Mossoró-RN, para o biênio 2010-2011, já no primeiro semestre do presente ano serão ministrados novos cursos de capacitação, cursos atualização bem como orientação e assessoramento a apicultores e meliponicultores. A nova programação foi feita com vistas à sustentabilidade, o manejo adequado de colônias (de Apis e Meliponineos) e o empreendedorismo no semi-ardido nordestino, em especial voltada à melhoria da qualidade e aumento da produção e das exportações dos produtos apícolas da região. Foi programada também a realização de Seminários, Simpósios, alem de Cursos de Biologia ,Genética e Comportamento de Abelhas e Biotecnologia ligada à apicultura e meliponicultura etc. O CETEC pretende instalar, no primeiro semestre de 2010, com a colaboração do meliponicultor Sr. Paulo Menezes e apoio da Profa.Dra. Vera Lucia Imperatriz Fonseca, um Meliponário na Estação Experimental da UFERSA para fins de pesquisa e capacitação e inclusive incentivar a realização de convênios e intercâmbios com outras instituições de ensino e pesquisas do país e do exterior para trabalhos em colaboração nas áreas de apicultura e meliponicultura. Assim, com as atividades de ensino, pesquisa e extensão programadas pelo CETEC com o apoio da UFERSA e SEBRAE para o biênio 2010/2011, pretende-se contribuir com a expansão e desenvolvimento do agronegócio apícola do Rio Grande do Norte em especial e, por extensão, de toda a região do nordeste brasileiro, em prol da apicultura e meliponicultura do Brasil.


Exportações de mel do Brasil. Em 2005 ocorreu alerta da União Européia sobre possibilidade de embargo das importações provenientes do Brasil. Em 2006 ocorreu o embargo e em 2008 retornaram as exportações para a União Européia.

Vista geral de uma sessão do XV Congresso Brasileiro de Apicultura realizado em Natal-RN, em 2004, ao qual compareceram mais de 3.000 apicultores. Em destaque o conferencista, geneticista de abelhas e grande incentivador da apicultura e meliponicultura, Prof. Dr. Warwick Estevam Kerr.

Objetivos do CETEC - Centro Tecnológico de Apicultura, criado em 2007 e em funcionamento na Fazenda Experimental da UFERSA, em Mossoró-RN.

Ao centro autoridades presentes na inauguração do CETEC, vendo-se a partir da esquerda, o Sr. Valdemar Belquior Filho (Sebrae-Mossoró-RN), Sra. Rosalba Ciarlini (Senadora do RN), Sra. Fafá Rosado (Prefeita de Mossoró), Sra Wilma de Faria (Governadora do RN), Prof. Dr. Josivan Barbosa Menezes (Reitor da UFERSA) e, em primeiro plano, o Sr. José Ferreira de Melo Neto (Superintendente do Sebrae-RN) saudando os presentes.

Nesta foto vê-se, em primeiro plano, no veículo mascote do CETEC, a Governadora do RN, Sra Wilma de Faria e na parte posterior à esquerda a Sra. Sandra Rosado, Deputada Federal pelo RN, durante visita na Fazenda Experimental da UFERSA.

Nesta foto são vistos, em primeiro plano, a Profa. Dra. Vera Lucia Imperatriz Fonseca e o Prof. Dr Warwick Estevam Kerr, ilustres convidados para a inauguração do CETEC. Na parte posterior, à direita, o Sr. Valdemar Belquior Filho , do SEBRAE - Mossró-RN ao lado do Prof. Dr.Lionel Segui Gonçalves da USP de Ribeirão Preto, respectivamente idealizador e Coordenador responsável pelo Projeto Pró-Rainha que deu origem ao CETEC.

Vista externa do prédio do Laboratório Central e Sala de Seminários do CETEC, na Fazenda Experimental da UFERSA, em Mossoró-RN.

Vista externa da Casa do Estagiário, na Fazenda Experimental da UFERSA e que é utilizada pelos participantes (alunos da UFERSA, apicultores, técnicos, etc.) dos cursos, estágios, seminários e conferências realizados no CETEC.

Vista externa da Casa do Pesquisador, na Fazenda Experimental da UFERSA, utilizada pelos pesquisadores visitantes do CETEC.

Um dos quartos de hóspedes.

Cozinha e facilidades da Casa do Pesquisador do CETEC.

Vista da sala principal.

Profa.Dra. Katia Peres Gramacho, da UNIT - Aracajú-SE, responsável pela produção de Rainhas no CETEC, ao lado do Sr. Valdemar Belquior Filho, do SEBRAE -Mossoró-RN, Gestor o Projeto Apis e à direita o Prof. Dr. Lionel S.Gonçalves - USP-Ribeirão Preto, Coord. do Projeto Pró-Rainha.

Pesquisadora Dra. Gesline F. Almeida, doutorada pela USP-Ribeirão Preto, no Laboratório de Estudos de Enxameação de abelhas do CETEC, onde foi realizado trabalho inédito sobre enxames de abelhas africanizadas.

Vista interna do Laboratório Central do CETEC, vendo-se à esquerda vários equipamentos científicos (microscópios, lupas, balanças eletrônicas, capela etc.).

Vista de Estério-microscópio, Microscópio, Balança Eletrônica de precisão, etc.

Estério-microscópio Zeiss triocular, contendo em sua base um Aparelho de Inseminação Instrumental de Rainhas, modelo Gonçalves, utilizado nos programas de seleção e melhoramento de abelhas.

Vista geral do Laboratório Central do CETEC vendo-se à direita uma câmara de fluxo laminar, geladeiras, estufas e etc., e em destaque, estufa secadora, câmara BOD e armário com produtos químicos etc.

Máquina estampadora elétrica de cera de abelhas, modelo Apilani, instalada no Laboratório de Processamento de cera do CETEC, vendo-se em operação, o técnico Eng. Armando Ferreira da Silva e a técnica apícola Sra. Nira Lopes, na Fazenda Experimental da UFERSA.

Vista geral da marcenaria do CETEC, vendo-se algumas das máquinas à disposição para confecção de colmeias do Projeto Pró-Rainha.

Em detalhe é visto um técnico operador de máquinas de marcenaria, ao lado de uma serra fita.

Prof. Dr. Lionel Gonçalves, ao lado de seus colaboradores preparados para visitar um dos apiários do Projeto Pró-Rainha, no veículo mascote do CETEC, vendo-se ao fundo os prédios do Laboratório de Processamento de Cera e Marcenaria.

Nesta e na próxima foto. Vista de dois apiários do Projeto Pró-Rainha, vendo-se no primeiro o Eng. Armando Ferreira da Silva que foi o responsável pela montagem dos apiários do CETEC.


Nesta foto é vista a técnica apícola Sra. Nira Lopes, atual responsável pelos apiários do Projeto Pró-Rainha do CETEC, inspecionando uma colmeia de produção de um dos apiários do projeto.

Vista da sala de seminários do CETEC vendo-se o responsável pela montagem do laboratório de análise de mel, Pof. Dr. David de Jong, da USP de Ribeirão Preto, durante um curso de Atualização Apícola para apicultores.

Nesta e na próxima foto - Aula prática de campo sobre produção de rainhas, vendo-se um grupo de apicultores manipulando uma mini recria modelo Ribeirão Preto. Nos destaques são vistos materiais usados para produção de rainhas, quadro porta cúpulas com realeiras e gaiolas para confinamento de rainhas.


Vista de apicultores em aula de campo, durante uma inspeção em apiário do Banco de Rainhas Selecionadas, vendo-se um quadro porta gaiolas contendo rainhas em confinamento

Grupo de apicultores do RN participantes de Curso de Atualização Apícola relizado em Novembro de 2009 e instrutores do curso, em frente aos Laboratórios do CETEC.

Fotos contendo imagens de capacitações de apicultores (Projeto Sebraetec) na Serra do Mel-RN, sob a coordenação do SEBRAE de Mossoró-RN.

Grupo de apicultores do RN, recém capacitados, durante entrega de diplomas em um dos cursos de formação básica em apicultura ministrados por técnicos do SEBRAE de Mossoró-RN

Vista de uma sessão de clínicas, aplicada pelo SEBRAE-RN, para apicultores, durante realização de congressos, ocasião em que os apicultores ou recém capacitados tiram suas dúvidas, sobre vários temas, diretamente com os especialistas.

Vista geral interna da empresa nordestina Apiagro, do Piauí, especialista em equipamentos apícolas pesados, vendo-se à direita desoperculadoras e tanques e, à esquerda, uma centrífuga elétrica, todos materiais confeccionados em aço inoxidável.

Nesta foto vê-se o dedicado meliponicultor Sr. Paulo Menezes, em frente a um de seus meliponários, em sua residência em Mossoró-RN, de onde serão transferidas, para a Fazenda Experimental da UFERSA, algumas colônias que, em breve, comporão o Meliponário do CETEC.



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