A APILANI está completando 25 anos de atividade sempre visando a melhoria continua da qualidade dos equipamentos, processos e produtos apícolas. Agora mesmo concluímos mais um trabalho de pesquisa que foi apresentado no Congresso Internacional de Apicultura (APIMONDIA) 2009 na França, fruto do trabalho para a melhoria na qualidade de um produto nobre da apicultura: O POLÉN.
Observando o pólen existente no mercado sentimos que se poderia melhorar a qualidade e aproveitar melhor os elementos nele contidos, da mesma maneira que conseguimos fazer com o mel desumidificado pelo processo à frio da APILANI.
A começar pela parte higiênica das estufas tradicionais que deixa muito a desejar pelo uso contínuo do ar ambiente, sem ao menos filtrá-lo, e a utilização de tela de nylon nas bandejas. O mais grave é a aplicação direta de calor ou radiação por ultravioleta (aquecimento) sobre o pólen que é o maior causador de deterioração, pois modifica a cor, o sabor e, principalmente, destrói o poder nutritivo do pólen com perdas de vitaminas e enzimas. Além disso, se o calor for muito intenso, ocorre a queima da camada externa do grão pólen, que fica seco, sem dar tempo suficiente para ocorrer a transferência da umidade no interior do grão para a parte externa. Com isso, além do grão de pólen ficar externamente queimado, ele fica úmido internamente.
Para solucionar esses inconvenientes, desenvolvemos um equipamento com uma câmara hermética e com ar seco a temperatura ambiente circulando em circuito fechado. Dentro da câmara ficam bandejas de chapa perfurada (para melhor higienização), onde se espalha o pólen. A umidade extraída do pólen é coletada pelo dreno do equipamento.
O protótipo foi enviado ao Departamento de Alimentos da Faculdade de Ciências Farmacêutica da USP para testes conjuntos com a APTA - Agência Paulista de Tecnologia em Agronegócios em um trabalho conjunto conduzido pela Profª. Dra. Ligia B. A. Muradian. Um equipamento do primeiro lote comercial foi enviado à FAPISE para testes operacionais conduzidos pelo Sr. Aragão sendo que, em ambos os casos, os resultados foram surpreendentes!
Os testes compararam o equipamentos tradicional para secagem de pólen por aquecimento(Estufa) e o novo processo desenvolvido pela a APILANI de ar seco frio em circuito fechado, estabelecendo dados comparativos mostrados no quadro:
De acordo com os resultados obtidos e apresentados na Tabela acima extraídos da dissertação da Profª. Carla Oliveira da Faculdade de Farmácia da USP, o teor de carotenóides totais foi afetado pelo processo de desidratação, sendo que no processamento convencional(estufa) observa-se maior perda no teor de carotenóides. A porcentagem de perda dos carotenóides foi em média 27,6% para o processamento APILANI e 40,4% para o processamento por estufa. Ou seja, o processo desenvolvido pela APILANI mantém maior quantidade de vitaminas no pólen desidratado, secando mais rápido gastando menos energia e minimizando o risco de contaminação durante o processo.
No ano do 25O aniversário da APILANI, quem ganha o presente é a apicultura e os consumidores de pólen, pois tem a disposição um equipamento que agrega valor a cadeia produtiva apícola, baixando os custos e o tempo de produção, oferecendo um produto de elevada qualidade e valor nutricional ao público consumidor.
A primeira produção após os testes tiveram as seguintes características técnicas do SECADOR DE POLÉN APILANI:
Capacidade para até 15kg do produto.
Tempo Médio de Secagem 12h (dependendo do teor de umidade inicial)
Consumo de energia 500W
O pólen é espalhado em bandejas de chapa perfurada por onde circula o ar seco e na temperatura ambiente absorvendo a humidade do pólen.
O ar dentro da câmara circula em circuito fechado impedindo a entrada de ar do exterior (geralmente contaminado por poeira e outros elementos).
A baixa temperatura de desidratação reduz as perdas das vitaminas A (beta caroteno) e E contidas no pólen.
Guarda as enzimas existentes no pólen.
Após a secagem a coloração do pólen é bem agradável compatível com a cor da flor de procedência.
O processo de secagem se dá em tempo uniforme e não é influenciado pela umidade relativa do ambiente, visto que funciona com circulação de ar fechada.
Aproveitamento do líquido extraído do pólen para alimentar as abelhas.
Fácil higienização da câmara e das bandejas de chapa perfurada, por serem de aço inox AISI 304 polida para alimento 0,05 µRa.