Minha Experiência

ESTÁ SALVA, GENETICAMENTE, A MELIPONA CAPIXABA

Luiz Fabio Feitoza Caliman  
Correspondências: Rua das Palmeiras,51 - Centro Venda Nova do Imigrante - ES - 29375-000
Meliponário: Estrada Larinhas, KM 0,5 - Sítio Esperança - (28)3546-3648 - lffcaliman@gmail.com

Comecei minha criação em 22 de março de 1986, tendo a principio 03 (três) colônias de Uruçu Preta {Melipona Capixaba].

 Em 1994 comecei coloca-las em colméias racionais. No ano de 1997 começamos a multiplicá-las e chegando ao ano de 2007 com um total de 60(sessenta) colônias. E com esse sucesso obtido, salvamos geneticamente a Melípona Capixaba. Abelha essa que o seu habitat é sem duvida nenhuma, restritíssimo. Falou-se em 100 km de raio o seu habitat (Kerr), e eu digo, que dentro desses 100 km de raio, ela esta ocorrendo apenas em 5% dessa área que já foi 100% habitada pela M. Capixaba.

Foi assustador e decepcionante ver na década de 90(noventa), um trabalho do Dr. Kerr e da Bióloga Vânia A. Nascimento, trabalho esse belíssimo e profissional, virar quase que uma tragédia. Pôr eles ensinarem a pratica correta de multiplicação de enxame, ouve uma grande corrida em busca das Uruçu Preta nas matas. Após retirarem as colônias das matas os agricultores passaram essas colônias para as caixas racionais, e tentaram dividi-las sem monitoramento, percepção de desenvolvimento da colônia, alimentação de sobrevivência, ataque de forídeos e outros problemas que no dia a dia se tem. E para se obter sucesso na divisão é preciso resolvê-los. Foi constrangedor verificar que mais de 90% das colônias que foram passadas para caixas racionais morreram. Lembro-me que alguns agricultores, perguntados sobre as Uruçus nas caixas racionais, tiveram respostas similares. R: Coloquei a minha Uruçu Preta na caixa e ela foi embora!!! Foi triste dizer a eles que colônias de Uruçu, infelizmente, não vão embora. Ela morre onde estão.

No meliponário também se encontra a [Melípona Rufiventris ] Mondury num total, hoje, de 07(sete) colônias, que também estão sendo multiplicada para se salvar geneticamente esta espécie .E foi com grande alegria que em 26 de fevereiro de 2000, registrei uma simbiose entre Uruçu Preta (Melípona Capixaba) e Arvore de Mata Pau (Fícus Guaratinica).

Acontece que o Mata Pau fornece polpa do seu fruto para as colônias de Uruçu Preta misturar com outras resinas e barro para calafetar a sua colônia. E as abelhas coletando a sua polpa, que é em forma de gel resinoso, também transportam para a sua colônia as sementes de Mata Pau. Ela, as sementes, ficam em dormência ate que haja luz. Havendo luz, haverá possibilidade de umidade. Se apareceu luz, é sinal que a arvore que a colônia habita, esta morrendo. A semente germina, cresce, envolve toda a arvore que esta morrendo e consequentemente preserva a colônia que esta envolvida na arvore. Portanto, uma perpetua a outra.


Vista Lateral do Meliponario Caliman

Proprietário do Meliponario Luiz Fabio

Crias Nascentes da Melípona Capixaba

Vista lateral da caixa que também ocorreu simbiose

simbiose em primeiro plano

Simbiose Entre Urucu Capixaba e Arovre de Mata-pau

Vista Frontal do Meliponario

Entrada de Urucu Capixaba Sendo guardada por um soldado

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