Agronegócio Apícola

CONTINUAM CRESCENDO AS EXPORTAÇÕES DE MEL:
mais de 37%, apesar do Embargo!

Texto: Alzira de Fátima Vieira & , Reginaldo Barroso de Resende. Coordenação Nacional da Rede APIS. Carteiras de Projetos GEOR de Apicultura. UAGRO - SEBRAE Nacional.

Conforme atualização de estatísticas sobre as exportações brasileiras, as nossas exportações de mel no mês de setembro de 2006, US$ 2,95 milhões e 1,84 mil toneladas, acusaram incrementos em valor (+154,4%) e em volume (+85,5 %), em relação ao mesmo mês do ano anterior (setembro/2005). Um ponto ainda mais positivo é a manutenção da tendência de alta, uma vez que tanto o volume (+16,6%) e o valor (+8,5%) das exportações também cresceram em relação a agosto de 2006. O preço médio das exportações em setembro de 2006 foi de US$ 1,60 /kg, superior aos US$ 1, 49/kg do mês anterior, bem como, muito acima do preço médio de setembro de 2005 (US$ 1,17/kg).

No acumulado dos nove primeiros meses de 2006, as nossas exportações de mel foram de US$ 17,88 milhões referentes à 11,52 mil toneladas representando, em relação a de igual período de 2005, incrementos de 37,3% em valor e de 11,1% em peso. Esse maior incremento no valor, em relação ao peso, foi decorrente do aumento no preço recebido de US$ 1,26/kg para US$ 1,55/kg.

Em grande parte, esse aumento de mais de 37% no valor de nossas exportações é decorrente do incremento de 262,7% nas nossas vendas para os EUA (US$ 11,87 milhões), de janeiro a setembro deste ano, em relação a igual período de 2005.

No mês de setembro/2006, essa tendência de ampliação dos negócios com o mercado americano ficou mais evidente, com um aumento de 380% no valor das exportações mel para os EUA (US$ 2,88 milhões), em relação a setembro/2005. Assim, em setembro/2006, as importações de mel do Brasil pelos Estados Unidos responderam 97,7% da receita total de nossas exportações nesse mês. O preço pago foi de US$ 1,60 /kg. Conforme mencionamos em análises anteriores, é provável que o mel do Brasil esteja sendo "triangulado para a União Européia" , ou seja, esteja sendo reexportado para a Europa através dos EUA.

Comparando-se o desempenho acumulado até setembro de 2006, com igual período do ano anterior, constata-se que:

Exceto o RJ, todos os Estados tiveram crescimentos na receita de exportação: RN (+856,2%); PR (+449,6%); RS (+210,0%); MG (+103,9 %), CE (45,4%), SC (+32,5%); SP (+7,8%) e PI (+1,3%).

O maior exportador foi SP (US$ 5,60 milhões), seguido do CE (US$ 3,19 milhões), de SC (US$ 2,63 milhões), do PI (US$2,41 milhões) do RS (US$2,01 milhões), e do PR (US$1,14 milhão).

O preço médio subiu de US$1,26/kg para US$ 1,55/kg. Os preços médios recebidos pelos Estados de MG, PI, RN e SC, foram inferiores à média (US$ 1,55 /kg). O melhor preço foi obtido pelo Estado do Paraná (US$ 1,65/kg).

Nas "exportação de outras ceras de abelhas", de janeiro a setembro de 2006, observa-se:

O valor das exportações foi da ordem de US$ 3,52 milhões, representando uma redução de 16,0%, em relação igual período de 2005. Deste total comercializado, 63,4% foi destinado ao Japão e 36,1% à China. A liderança na exportação foi de São Paulo (US$ 2,4 milhões), seguido de Minas Gerais (US$ 886,3 mil).

O preço médio foi de US$ 95,34/kg, próximo dos US$ 94,10/kg praticado em igual período de 2005.


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