Minha Experiência

DESENVOLVENDO EQUIPAMENTO APÍCOLA

Texto: Affonso Orlandi - sócio 3.707

No início das minhas atividades na Apicultura, há cerca de vinte anos, sofri com a qualidade do material existente no mercado apícola.

As colméias Langstroth eram de péssima qualidade, tanto com relação à madeira, quanto às medidas dos ninhos e melgueiras que não combinavam.

Então, resolvi partir para a fabricação das minhas próprias colméias e descobri, nesse trabalho manual, uma atividade de grande prazer. A apicultura tem, entre outros atrativos, o de permitir ao apicultor dar curso à sua imaginação no aprimoramento dos materiais e das práticas apícolas. Assim, melhorei o apoio das colméias, com um cavalete feito de canos usados (material que se encontra facilmente nos ferros velhos).

Melhorei também as tampas sobre as colméias. Antes usava a tampa de madeira, telha de cimento amianto e, sobre esta, uma pedra, para impedir sua remoção pelo vento. Nesse sistema usual, são necessários três movimentos seguidos para descobrir a colméia: tirar a pedra, a telha e a tampa para colocá-las no chão. Para examinar trinta colméias, significa fazer noventa vezes o mesmo movimento com o corpo. Com a tampa que aperfeiçoei, o trabalho fica reduzido a uma terça parte, pois uma única peça resolve tudo. Para a migração de colméias, também se revelam práticas, podendo-se amontoá-las nos veículos de transporte.

E, dando à madeira o clássico tratamento dos apicultores, qual seja a de fervê-la no querosene com parafina e cera de abelha, depois pintando-as devidamente, consigo a proeza de usar colméias há mais de quinze anos e em perfeito estado de conservação.

Vale a pena observar aqui, finalmente, que na atualidade existe bom material apícola no mercado nacional, o que permite ao apicultor desenvolver seu trabalho sem contra-tempos.

São essas observações que desejo transmitir aos leitores da Mensagem Doce.
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