Comentário

DESPONTANDO UMA NOVA APICULTURA

Reynaldo Guilherme Kramer, diretor técnico da APACAME.
Pois é, na reunião plenária do mês de julho 2004, com a presença maciça de 144 associados notando-se o grande interesse pela alimentação artificial tivemos como palestrante convidado, (já atendendo as sugestões depositadas na "urna"), o Dr.Eng. James Arruda Salome, de Santa Catarina, que com muita desenvoltura e com ajuda do data show nos explicou como devemos conduzir e fazer uma alimentação artificial. Para que isso fosse possível, é preciso explicar como e de que é constituído o néctar. Glicídios / em sacarose, invertase / glicose 38 %, -frutose 31 %,- sacarose 5 % , aproximadamente.

Existe uma relação profunda entre a dinâmica dos nutrientes protéicos e os vitamínicos na natureza, e cuja principal fonte é o pólen, em relação ao processo de reprodução das abelhas e a vida da [na] colméia.Na primavera os nutrientes do pólen são utilizados para o crescimento do exame. Mas quando se inicia a estação outono a colméia se prepara para um longo período de carência alimentar, diminuindo a quantidade de cria e o tamanho da população, o que determina posteriormente um baixo potencial de arranque das colméias no inicio da primavera seguinte.

Com as novas tecnologias de alimentação artificial podemos controlar artificialmente esses nutrientes, e no momento adequado inicia-los [aplicá-los] , geralmente 60 dias antes das primavera como resultado temos: um aumento de número crias, e um controle sobre a reprodução.

A alimentação artificial pode ser útil nas seguintes situações de manejo: Antecipação do arranque das colméias para produção de mel na primavera. Manter o tamanho da colméia durante o período de adversidades climáticas. Em apicultura migratória, -aumento da população antes dos serviços de polinização, também na criação de rainhas e zangões selecionados no período entre safra. Ajuda o crescimento rápido de enxames capturados.

A saída básica é um xarope de água + açúcar, mas aí vem a dúvida em que proporção que tipo de açúcar? Resumindo o assunto: falou-se em 2 kilos de açúcar para 1 litro de água, isto representa à 20o C uma concentração de 67,09%, não esquecendo de adicionar sal na proporção de: [5 gramas em 10 litros de xarope], o que acelera a invertase. Bem, até aí todo mundo já sabe, mas porque 2 Kg /L; pelo que entendi as proporções podem ser múltiplas, inclusive por razões financeiras, mas tratando-se de uma alimentação energética a dose é "cavalar" mesmo, com o tipo de [do] açúcar não deu para entender: mascavo ou cristal ou refinado! , o mascavo não, pois tem muita galactose e peptina, (?) acredito que o ideal ainda é o cristal. Feita essa introdução, comparou-se então dos resultados atuais, com os mais elaborados com a adição de suplementos : aminoácido, vitamínico como que são acido Pantotêmico, Biotina, Colina, para citar apenas os três primeiros de uma serie , o xarope vai se assemelhar a um néctar . O resultado é seguramente promissor.

Finalizado, essa palestra que podemos classificá-la de "estágio 3" foi realmente um lembrete que muito temos que fazer, aprender, e por a "mão na massa", pois o pasto temos, e mão de obra também.

abraços de Kramer
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