Comentário

ESTIVEMOS LÁ

No sábado dia 15, partimos de São Paulo para capital Natal com 4 horas de viagem com um animado grupo de pessoas, todos abelhudos bem humorados, tanto é que estivemos conversando sobre esta enorme distância e a uma altura de 8000 metros quando o nosso "gaiteiro" Anton pegou o "rabo "da conversa e se saiu com essa: ué que o Brasil é tão grande eu sabia , mas que era tão alto assim não sabia...., coisas que acontecem...

Conforme nossa antecipada programação, já estivemos domingo em um meliponário (alguém vai escrever sobre isso)

Na segunda feira nossa visita foi muito interessante, visitamos, agendada também, na região de SERRA DO MEL, além de Mossoró, uma Associação Apícola recém fundada dentro de uma área de um assentamento de plantação de caju (com divisões em glebas de 50 hectares cada, por grupo familiar de trabalho). O assentamento é tão grande, ainda não vi nada igual, o nosso ônibus levou 25 min. a uma velocidade de 40/ 60 km para chegar a sede da Cooperativa localizada ao centro. E vem a "beleza" da estória, a Cooperativa do cajú emprestou o espaço do galpão, aos apicultores para se reunirem e montar e monitorarem suas caixas; em compensação as abelhas estão polinizando as flores de seus cajueiros melhorando a qualidade e quantidade resumindo-se em um "belo casamento".

Quando e como nasceu essa idéia? Foi a necessidade de uma atividade, mão de obra disponível, luta pela sobrevivência, que um senhor moreno baixinho troncudo e muito "líder" chamado Cabo HÉLIO, posteriormente o chamamos de capitão Helio pela sua firmeza convidou ao seu cunhado: vamos praticar apicultura?

O desmatamento para plantação do caju, também pela Petrobrás com a sua prospecção de petróleo, a necessidade de madeira, observou-se que os prejuízos as abelhas apis e nativas era visível, visto que, por falta de espaço apropriado estão fazendo suas casas nesses montes de troncos arrancados e galharia fina.

Com a colocação de caixas iscas matinalmente, à tarde muitas delas já estavam ocupadas, demonstrando claramente a quantidade de povos disponíveis = aonde existe quantidade existe também pasto apícola = . Em um ano e meio essa Associação, que também consultou e teve todo apoio técnico-financeiro do SEBRAE, diga-se de passagem, que se mostrou "super prestativo" ao homem do campo, "premiou" à fundo perdido, a Associação, com uma casa do mel já em construção contendo : espaço de recebimento das melgueiras, manejo, centrifugação, embalagem, e estocagem, além de um escritório e sala de reunião no sobrado, (já é no mínimo curioso ver uma construção de alvenaria no meio de um descampado), já com água encanada, mas a energia por vir ainda. "Capitão" Hélio, lutou muito junto aos prefeitos, em Brasília, e pela legislação mais clara apropriada, objetiva, à região ao seu empreendimento, pois, a "turma de cima" não sabe das dificuldades locais já pensavam em tributação, visto que, o mel ao ser vendido transforma-se em dinheiro, esquecendo-se que este será aplicado no local em forma de salário sobrevivência, e compra e paga de novos materiais e equipamentos.

O maior comprador estrangeiro o alemão, diga-se de passagem, que viu e reconhece o grande potencial nordestino em todo sentido, o sul também sente e reconhece isso. Mas a grande "alavanca mágica" é a monetária, também em todo o mundo...

Referente ao espaço, à atividade do Congresso propriamente dito, entre palestras, estandes, conversa entre amigos, regado a suco de graviola, cajú, água de coco gelada, e muita moça bonita, limito-me a informações técnicas referente ao mel . A medida da malha da tela da peneira , após, a centrifugação continua um mistério, mas afirmo: que a mais utilizada é de 13 fios por polegada, e de 34 fios por polegada para a segunda tela explico; na saída da centrifuga é conveniente usar duas telas sobre- postas, vi conjuntos prontos nesse sentido.

Uma das cousas que chamou atenção uma tal de clinica tecnológica sebraetec, muito bem bolada, é nota dez...., e cuja finalidade é esclarecer as dúvidas pessoais com respostas pessoais, vamos a um exemplo: como devo desopercular o quadro se só tenho faca? (quem faz essas perguntas é o nosso o homem do campo a quem eu peço o maior respeito), pois ele, já faz muito se deslocando até a um congresso e pagar entrada...

A grande novidade deste Congresso foi a Clínica Tecnológica.


Vou citar as classificações dos temas para que todos possam desfrutar e se organizarem; sala 1 - técnica de manejo para produção de mel ----- sala 2- técnica de manejo para produção de própolis---- sala 3- técnica para produção de rainha --- sala 4 alimentação artificial --- sala 5 pragas e doenças----sala 6 qualidade do mel ---sala 7 agrobusiness, exportação e mel orgânico---sala 8 manejo racional de abelhas jandaíra---sala 9 manejo racional de abelha tiuba -----sala 10 manejo racional de abelha uruçú-----sala 11 técnica de manejo para produção de pólen. (não é de ficar com mél na boca ??) bem, cada sala contém 20 cadeiras em forma de círculo, com cavalete de paginas e lápis tinta, com instrutor (consultor) de primeira "linha": prof Ademilson Espencer, Paulo Sommer e muitos outros mais...., como vocês observaram os temas foram agrupados e a inscrição gratuita, em um balcão claro super concorrido lotando-se as salas por ordem de inscrição, para os dias 20 e 21, eu particularmente me inscrevi para qualidade do mel , dia 21, tempo da reunião: 1 hora e 30 minutos . Registro com pesar que: ao perguntar quantas pessoas entre 22 possuem centrífuga, apenas 3 pessoas contando comigo ...

No horário marcado um grupo de 20 apicultores entrava na sala
do tema escolhido para tirar as suas dúvidas com um técnico.


Outra coisa que me chamou atenção: quando você pede explicação sobre determinado equipamento, automaticamente faz-se um bolo em volta de você, e sabem porque? todos têm "sede" de aprender, isso é ótimo, por isso o Congresso "pecou" um pouco porque trouxe coisas caras digo; custosas, para uma procura de apicultores simples . Se eu estiver errado por favor , corrijam-me ..., e por fim lembro que o Kramer levou uma cópia da primeira centrifuga original, do ano de 1865 com o nome de extrator tangencial, e que teve "o seu momento" de glória ao exibi-la no encerramento do Congresso, com muito aplauso, era a intenção de divulgação científica ou informativa como queiram.

Abraços do Kramer.


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