Evento

 

INAUGURAÇÃO DO MELIPONÁRIO MODELO NAS DEPENDÊNCIAS DO PARQUE DA ÁGUA BRANCA – SÃO PAULO – SP

Num ambiente festivo e com a presença de um público seleto e interessado na Meliponicultura, os quais abrilhantaram com suas presenças a solenidade e com a presença dos ilustres convidados Prof. Dr. Paulo Nogueira Neto; Profa. Dra. Marilda Cortopassi Laurino; Dr. José Antonio Teixeira, diretor do Parque da Água Branca e do Engenheiro Dr. Eraldo Guiaro, responsável pelo projeto de paisagismo do Meliponário, realizou-se, no Salão Nobre do Instituto de Pesca, o Ato de Inauguração do Apiário Modelo idealizado e implantado pelo nosso companheiro Waldemar Ribas Monteiro, Coordenador do Departamento de Abelhas Indígenas da APACAME, o qual assim se pronunciou:


No descerramento da placa de identificação, homenageados e diretores da APACAME. Da esquerda para a direita: Dr. Eraldo Guiaro; Profa. Dra. Marilda Cortopassi Laurino; Waldemar Ribas Monteiro; Prof.Dr. Paulo Nogueira Neto; Constantino Zara Filho e Dr. José Antonio Teixeira.


“É com grande satisfação e com emoção redobrada que nós da APACAME, em parceria com a Diretoria do Parque Dr. Fernando Costa (Parque da Água Branca) e, com a anuência de suas Excelências o Governador do Estado de São Paulo, Dr. Geraldo Alkimin e do Dr. Antonio Duarte Nogueira Jr. , Secretário de Agricultura e do Abastecimento do Estado de São Paulo, estamos colocando à visitação pública um espaço muito importante, destinado a incrementar o conhecimento e a preservação de nossa abelhas nativas.

A importância deste Meliponário é despertar em nossas crianças e jovens e porque não nos adultos, a consciência de mantermos sob nossa guarda a Mãe Natureza.

Como vocês poderão ver e ler nas placas auto-explicativas existentes no local, o quanto é importante a ação de nossas abelhas nativas em benefício da nossa flora, principalmente no que tange à polinização.  Segundo o Prof. Dr. Walwik Estevan Kerr, conceituado entomologista e geneticista patrício, 90% de nossas plantas nativas são polinizadas por essas abelhas. Por aí vocês vêm a importância dessas abelhas para o nosso ecossistema.

As abelhas existem em nosso planeta, há milhões de anos, surgindo junto com as plantas superiores, as Fanerógamas, isto é, aquelas que apresentam flores.

As abelhas têm a função de fecundar as flores para a perpetuação do mundo vegetal, em troca de néctar e pólen como alimento e resina, para várias contruções.

Os europeus, africanos e asiáticos foram os primeiros a terem contato com as abelhas do gênero Apis e a saborear o delicioso mel, além de usarem sue própolis e cera.

A Abelha passou a ser motivo de admiração pelos povos e sábios da época, que escreveram belas páginas da história contada em lendas sacras e profanas.

As Abelhas sem ferrão, provavelmente, surgiram há 120 milhões de anos na América do Sul e se espalharam pela América do Norte indo até a África e Oceania, via Ásia.

A América do Sul, por ser o centro de origem e dispersão dessas abelhas, possui o maior número de espécies existentes, cerca de 300 das mais de 400 espécies espalhadas pelo mundo.

As Abelhas sem Ferrão eram as únicas produtoras de mel e as principais polinizadoras das plantas brasileiras até 1838 quando o Padre Antonio Pinto Carneiro introduziu as abelhas européias, Apis melífera ibérica, vindas do Porto (Portugal) ao Rio de Janeiro, não para mel e sim para a produção de cera para fabricar velas brancas para as missas da Corte.

A quantidade de abelhas era tão grande no Brasil que muitos rios eram chamados, pelos portugueses, de “Rio das Avelhas”, isto é, Rio das Abelhas, que era imediatamente entendido pelos sertanistas como Rio das Velhas.

Todavia a destruição dos ninhos das nossas abelhas, nos séculos XVII e XVIII foi tão grande que há notícias da proibição, imposta pela Igreja, da sua exploração para impedir a completa destruição de várias espécies.

Ainda hoje muitas colônias de abelhas nativas estão sendo destruídas em conseqüência dos desmatamentos, incêndios, extrativismo dos meleiros, madeireiras, carvoarias e pelo manejo inadequado o que coloca em risco de extinção espécies como a Urucu do Nordeste (Melípona scutellaris), a Mandaçaia (Melípona quadrifasciata), a Manduri (Melípona marginata) do Sul e a Tiúba (Melípona compressipes fasciculata) do Maranhão, dentre outras”.

Após o seu pronunciamento o nosso companheiro Waldemar fez a entrega de Placas Comemorativas em homenagem aos nossos convidados Prof. Dr. Paulo Nogueira Neto, como reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à Meliponicultura Brasileira; à Profa. Dra. Marilda Cortopassi Laurino, como reconhecimento pela relevante colaboração prestado ao Departamento de Abelhas Indígenas da APACAME; ao Dr. José Antonio Teixeira, como reconhecimento pelo apoio dispensado na Implantação do Meliponário Modelo e ao Dr. Eraldo Guiaro, como reconhecimento pela relevante colaboração prestada na Implantação do Meliponário.

Após as manifestações dos homenageados o Dr. Constantino Zara Filho, Presidente Executivo da APACAME, agradeceu a presença de todos e os convidou para dirigirem-se ao Meliponário Modelo onde ocorreu o descerramento da Placa de Identificação dando, assim, por inaugurado oficialmente aquele espaço. Foi um dia memorável!


Após a inauguração do meliponário Modelo os convidados visitaram o novo espaço.

 

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