No XIV Congresso de Apicultura realizado em Campo Grande – MS, em um magnífico Centro de Convenções dotado de todo o conforto, amplos espaços, Salão de Exposição dividido em dois corpos, de níveis diferentes, o que divide a concentração das pessoas com muitos expositores, cerca de 46 estandes apresentando equipamentos, vestimentas, ferramentas para a apicultura, embora sem muitas novidades. Chamou-me a atenção uma colméia que possui janelas que facilitam o acesso das abelhas e a ventilação.

    Entre as palestras que pude assistir, já que as palestras ocorriam simultaneamente nos três auditórios existentes, algumas chamaram a atenção: “Avaliação Nutricional de Méis Puros e Méis Compostos”, tendo como palestrante a Profa. Dra. Lígia Muradian Bicudo; com tabelas mostrando os limites analíticos segundo a legislação atual; ainda o polemico assunto dos méis compostos; sugestões de rótulos; rótulos com declaração simplificada.

    “O Agronegócio Apícola, Legislação e Comercialização” palestra proferida pelo Dr. Paulo Roberto Reis de Oliveira que apresentou um demonstrativo de custo bem detalhado, explicando as várias etapas da produção, processamento e comercialização final do produto. Ainda dentro deste tema o Empresário Henrique Breyer, médico veterinário, deu-nos uma aula sobre condições de higiene de um estabelecimento processador dos produtos das abelhas, cuidados com a estocagem  e no manuseio da matéria prima, sugestões de embalagens e controle de qualidade.

    Finalmente a Dra. Fabricia Soriani, bioquímica, dissertou fluentemente sobre a complicada legislação e da inclusão da Tabela Nutricional nos rótulos.

    Sem dúvidas, uma das palestras que mais chamou a atenção dos apicultores que encheu um dos auditórios, foi a palestra proferida pelo Prof. Dr. Darcet Costa Souza, zootecnista da UFPI sobre o tema: “Captura de Enxames de Abelhas Africanizadas: Como Evitar Acidentes e Aumentar as Colônias do seu Apiário”, onde dissertou sobre caixas iscas; suas dimensões; posição; volume; materiais; iscas; enxames primários e secundários.

    Conclusão: Diria que esse congresso apícola foi um dos mais calmos e proveitosos de todos que já participei.

    A Meliponicultura também esteve presente com colméias e literatura e o Sr. Waldemar Ribas Monteiro, responsável pelo Departamento de Abelhas Indígenas da APACAME, estava com a corda toda.

    Descobri que existem 10 Associações de Apicultores no Estado de Mato Grosso do Sul e que a criação de uma Cooperativa se faz necessário para aquisição de materiais e comercialização dos produtos.