Com o mel fabricam-se, desde tempos remotíssimos, numerosas bebidas magníficas, entre as quais ocupa primeiro e proeminente lugar, o clássico hidromel.

    HIDROMEL vem de uma palavra grega que significa água é mel; era a bebida favorita dos deuses “certos povos não conheciam prazer mais suave do que saborear esta bebida pelo crânio de seus inimigos”.

    Na mitologia escandinava, os guerreiros, no paraíso de Odim, comiam javali e bebiam hidromel. Nos países do norte, onde o vinho escasseia, o hidromel é, ainda hoje, justamente considerado a mais pura, suave e a melhor de todas as bebidas. Na Europa Central, atualmente devido ao vinho e à cerveja, não é consumido como outrora.

    O hidromel que é excessivamente digestivo pode ser seco, licoroso ou espumoso como o Champanhe e, envelhecido em garrafas, adquire finas propriedades que o tornam estimadíssimo.

    Publicado em Lisboa, pelo grande naturalista Frei José Mariano Veloso, em 1800, se ocupa detalhadamente do hidromel dizendo: “Esta bebida, ainda que desagradável à quem não esta acostumado, faz bem para o estomago, é saudável a quem bebe; dissolve as fleumas, ajuda a digestão, é diurética, é aconselhada por muitos para o mal de gota, da pedra e icterícia. Recomendado para as pessoas idosas.

    O hidromel fabrica-se com água e mel e um fermento que transforme o açúcar em álcool. Quando a água é suficiente para transformar todo o açúcar, o hidromel é seco; quando fica açúcar para transformar é licoroso e, quando se adiciona (substância que o produzam) é espumoso.