Associativismo
 

Congresso de Apicultura é lançado em Campo Grande

 

    Lançado no último dia 17 em Campo Grande, o XIV Congresso Brasileiro de Apicultura. O evento,  está marcado entre os dias 16 e 20 de julho de 2002, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. Em solenidade na sede Famasul (Federação dos Agricultores de Mato Grosso do Sul), o vice-presidente da Federação Nacional dos Apicultores, Altair Pereira de Oliveira chamou a atenção para a oportunidade de destacar o nome do Estado em nível nacional. Oliveira também preside a federação estadual de apicultores que reúne aproximadamente 750 produtores.

    Entre os convidados estavam o vice-governador e secretário estadual de Produção, Moacir Kohl. Durante seu discurso Khol explicou que a apicultura está diretamente ligada ao pequeno produtor. Hoje o governo do Estado não tem ação direta para o setor, mas atua na área agregando valor ao mel com o Prove.

    O vice-governador apóia a realização do congresso e demonstrar o interesse em criar indústrias do mel para produzir, própolis, geléia real através do FIS (Fundo de Investimento Social). “Só viver da apicultura é uma utopia, mas é uma bela fonte de renda”, reforçou lembrando da importância de se organizar cooperativas para que se abram canais de exportações com a Ásia.

    Atualmente dentro do Programa Pantanal e Parque Estadual do Rio Negro existe um grupo de pesquisadores para fazer um estudo de zoneamento de flora que pretende mostrar o potencial de produção apícola na região.

Ranking

     O Brasil ocupa o quinto lugar na produção mundial de mel, com 300 mil apicultores , 2,5 milhões de  colméias e uma produção anual de 37,5 mil toneladas de mel. Com a mais rica flora do planeta e um clima favorável, a produção apícola brasileira é de apenas 15 quilos de mel por colméia por ano enquanto na Argentina a produção atinge 35 quilos por colméia. A apicultura brasileira é também explorada por pequenos produtores com oito colméias por apicultor. Outros produtos das abelhas, como Pólen, a Propólis e Geléia Real ainda são pouco explorados no País, apesar do nosso grande potencial pra produzi-los. A falta de apoio governamental tanto na esfera estadual quanto federal leva o setor apícola a um desenvolvimento lento, sem estímulo e lamentavelmente com baixa produtividade.

    Na opinião do presidente da FAAMS (Federação das Associações de Apicultores de Mato Grosso do Sul), Altair Pereira de Oliveira a apicultura brasileira necessita de programa, crédito, normas e incentivos para que possa crescer e abastecer o mundo com os produtos oriundos das colméias.

Mato Grosso do Sul

      A atividade apícola iniciou no Estado na década de 1980 através de um Programa de Implantação da Apicultura elaborado e implantado pela EMPAER, com a instalação de apiários demonstrativos em vários municípios , treinamentos para técnicos e apicultores , assistência técnica e organização de associações de apicultores.

    Com o incentivo do Governo do Estadual, a apicultura iniciou seu desenvolvimento tendo hoje em torno de 750 apicultores, 12 mil colméias e uma produção anual de 240 toneladas de mel. É uma atividade de pequenos produtores com apenas 16 colméias por apicultor e uma produtividade media de 20 quilos por colméia/ano.

     Mato Grosso do Sul possui uma federação com 10 Associações de apicultores nos municípios de Campo Grande, Corumbá , Nioaque, Aquidauana, Rio Brilhante, Nova Andradina, Angélica, Dourados , Amambaí e Antônio João , com 350  associados
 
    O Estado tem bom potencial para exploração da apicultura em todas as regiões, tanto nos cerrados como nas matas, permitindo de 3 a 4 colheitas por ano com 30 a 80 quilos de mel na exploração fixa migratória respectivamente. Outro grande potencial apícola está no Pantanal, ainda não explorado por falta de informações técnicas para a região.

    Além do potencial de produção a apicultura sul-mato-grossense é privilegiada pela quantidade do mel, considerado entre os melhores do Brasil, em razão da rica flora das nossas reservas florestais.
 
    A apicultura sul-mato-grossense vem enfrentado grandes dificuldades para sua expansão , especialmente pela falta de crédito para investimento, dificuldades de compra de insumos e de comercialização dos produtos. Em uma extremidade da cadeia está o apicultor, recebendo em media R$ 2,40 o quilo de mel, dissimulado porque o preço está baixo, na outra ponta está o consumidor, pagando R$ 8,00 o quilo, sem estímulo para consumir porque o preço está alto.
 

Programas
 
    Com a finalidade de buscar soluções para os principais problemas dos apicultores, a Federação elaborou e propôs os seguintes programas:
 
    1-     Programa de estruturação das Associações de Apicultores e Expansão da Apicultura com o nome do Projeto de Fomento à Apicultura . Este programa apresentado ao FAT – Fundo de Amparo ao trabalhador tem o objetivo de alavancar recursos para a construção de sede para as Associações e financiar a expansão da apicultura para 300 novos pequenos apicultores com 300 colméias. O Programa encontra-se no Ministério do Trabalho, em  Brasília, aguardando aprovação.
 
    2-     Programa de Cooperativismo : Com o objetivo de criar uma cooperativa estadual de Apicultores para facilitar a comercialização , o programa está em pleno andamento. Foram realizados cursos básicos de cooperativismo em sete associações e será realizado nos dias 18 e 19 de outubro num curso de dirigente de cooperativa para 28 apicultores que serão os sócios fundadores. No dia 20 de outubro será criada o Cooperativo Estadual de Apicultores de MS
 
    3-     Projeto de Avaliação do Potencial Apícola do Pantanal : Com o objetivo de buscar informações que permitam a exploração apícola do Pantanal o Projeto propões a instalação de 9 apiários com 135 colméias nas bacias dos Rios Taquari, Negro e Aquidauana. O Projeto visa alcançar os seguintes resultados em 03 anos de pesquisa :     O Projeto encontra-ser na SEPROD e SEMA a duas sem resposta ao setor apícola.

 
 
 

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