APICULTURA NO PARQUE INDÍGENA DO XINGU
TEXTO: Mário Isao Otsuka
| A apicultura é uma atividade que deu
certo no Parque Indígena do Xingu(PIX).
Deu certo porque foi iniciado certo. Em junho de 1996, o Instituto Socioambiental (ISA) promoveu um curso básico de apicultura, que foi ministrado pela APACAME através de seu diretor Mário Isao Otsuka, na aldeia Rikô dos índios Suiá onde foi implantado o apiário piloto. Participaram daquele curso 8 Suiás, 2 kaiabi e 1 Ikpeng. Deu certo porque o ISA tem dado todo o apoio financeiro e mantém no PIX os funcionários Geraldo Mosimann da Silva e Wemerson Chimello Ballester, ambos agrônomos, para supervisionar e orientar o trabalho dos irmãos indígenas. Deu certo porque anualmente a atividade é acompanhada “in loco” pelo mesmo diretor da APACAME. |
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Deu certo porque é uma atividade que
não demanda trabalho constante e integral o tempo todo.
Atualmente existem no PIX espalhadas em diversas aldeias, de diversas etnias cerca de 70 colmeias, que já produzem 600/700 kg. de mel ao ano. O mel é colhido maduro, desoperculado, centrifugado e envasado com toda a higiene que o produto requer. Já se encontra em andamento, no Ministério da Agricultura, o processo de obtenção do registro no S.I.F. (Serviço de Inspeção Federal). Por ora, a produção é vendida rotulada dentro do próprio parque aos visitantes (pessoal da saúde, cursos, etc.), e nas casas comerciais do entorno. Parte da produção é consumida nas aldeias. Visando a certificação do mel, como orgânico, o ISA já iniciou os trabalhos junto ao Instituto Bio-Dinâmico de Botucatú. Para o corrente ano de 2000 estão previstos dois cursos da APACAME no PIX, um provavelmente básico em maio e outro mais avançado em outubro. Quanto à meliponicultura as noticias são auspiciosas, pois os ensinamentos transmitidos pelo diretor Waldemar Ribas Monteiro, da APACAME, foram bem aceitos e a atividade está em pleno desenvolvimento. |
