Resumos Técnicos-Científicos

O processo de africanização das abelhas Apis mellifera no Brasil. O que sabemos e como usar a informação.

Tiago Mauricio Francoy1 & Lionel Segui Gonçalves2,3
1 Escola de Artes, Ciências e Humanidades, USP, São Paulo, SP.
2 Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto, SP.
3 Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA, Mossoró, RN.

O processo de africanização das abelhas Apis mellifera, no Brasil e nas Américas, teve como produto final um novo tipo de abelhas, que apresenta características bastante peculiares relacionadas com sua morfologia, comportamento e genética. Esta abelha, que foi chamada de abelha Africanizada, se espalhou por todo o território nacional, mudando drasticamente a apicultura nacional e forçando os apicultores a se adaptarem à sua utilização no dia a dia apícola. Desde então, diversas pesquisas vêm sendo realizadas nas mais diferentes áreas, para um melhor entendimento da biologia destas abelhas e uma consequente melhora em seu manejo. Entretanto, em um país de dimensões continentais como o Brasil, podemos encontrar diferentes realidades apícolas e diferentes condições climáticas, que certamente influenciaram as populações que se estabeleceram como populações selvagens. Desta forma, após diferentes análises, usando diferentes metodologias, hoje temos um cenário bem delineado do grau de africanização das populações de abelhas espalhadas ao longo do nosso país. Assim, serão abordados os resultados obtidos pelos diferentes marcadores genéticos e morfológicos e como podemos interpretar estes resultados no cenário apícola nacional, visando o processo de melhoramento genético de nossas abelhas, para uma melhor produção e manejo de nossas abelhas.

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