Resumos Técnicos-Científicos

Própolis - um novo olhar: do campo ao interior da colméia.

ADEMILSON ESPENCER EGEA SOARES1
1 Depto. de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.
Av. Bandeirantes, 3900, 14.049-900 Ribeirão Preto, SP, e-mail: aesoares@fmrp.usp.br

A produção de resinas pelas plantas está intimamente associada a fatores climáticos e a estímulos externos, como a herbívoria e fungos endofíticos e que são percebidos pelas abelhas que as coletam, modificam e depositam no interior da colméia como estratégias de prevenção de doenças e ocorrência de patógenos. A discriminação desses sinais é variável entre as operárias de diferentes colmeias e supostamente atrelado a componentes genéticos herdáveis e as necessidades intrínsecas da colméia. A evolução da socialidade nas abelhas foi assegurada pela elaboração de resinas pelas plantas e aos longos anos de convivência entre elas. As abelhas africanizadas apresentam um eficiente mecanismo de coleta de resinas e isto desempenha um papel relevante para que elas sejam menos susceptíveis as doenças e a Varroatose. O conhecimento das propriedades das resinas levou a homem a elaborar e desenvolver técnicas de coleta de própolis que passaram por grandes transformações nas últimas décadas, evoluindo no sentido de obter uma própolis mais limpa e de melhor qualidade. A utilização tanto da própolis como das resinas das abelhas indígenas vai ganhando espaço em experimentos de área médica, demonstrando suas eventuais aplicações.

Palavras chaves: coleta de resinas, controle de doenças, própolis

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