Resumos Técnicos-Científicos
Análise do perfil protéico de abelhas rainhas africanizadas (Apis mellifera L.)
Daiana A. De Souza1,2 *, Tiago M. Francoy3, Rogério A. Pereira1 & Lionel S. Gonçalves2,4.
1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, Ribeirão Preto-SP - Brasil. daianasouz@usp.com.br
2 Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - USP, Ribeirão Preto - SP, Brasil.
3 Escola de Artes, Ciências e Humanidade - Universidade de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil. tfrancoy@usp.br
4 Universidade Federal Rural do Semi-Arido , Mossoro-RN, Brasil. ( lsgoncal@usp.br )
A importância da rainha no bom desempenho das colônias de Apis mellifera é inegável, bem como a influência do seu peso ao nascer na sua qualidade reprodutiva, fecundidade e longevidade. Isso porque quanto mais pesada a rainha maior é a sua capacidade de armazenamento de espermatózóides e maior o número de ovaríolos, o que a torna hábil de fazer a postura de uma maior quantidade de ovos ao longo de sua vida. Entretanto, pouco se sabe se esta característica fenotipica (peso) reflete as características fisiologicas destas rainhas. Por esse motivo, o presente trabalho objetivou a verificação da influência do peso ao nascer de rainhas de abelhas africanizadas no perfil protéico das rainhas, de modo a buscar linhagens de rainhas com elevada qualidade. Foram estabelecidos dois grupos de colônias: grupo de rainhas leves (< 180mg) e grupo de rainhas pesadas (> 200mg), com peso aferido imediatamente à emergência das rainhas Amostras de hemolinfa e corpo gorduroso das rainhas de ambos os grupos foram coletados, com 0 dias de idade, e submetidas a análise de proteína total, pelo método de Bradford, bem como caracterização eletroforética (SDS-PAGE), quantificada por densitometria. As rainhas leves apresentaram uma média de proteína total de 38ug/ul na hemolinfa e 45ug/ul no corpo gorduroso , enquanto que nas rainhas pesadas estas médias foram 140ug/ul e 50ug/ul, respectivamente, apresentando diferença estatisticamente significante apenas na quantidade de proteína na hemolinfa (P=0,001).Aliado a isso, as análises densitometricas da caracterização eletroforética mostra uma média de 54Da em rainhas leves e 93Da em rainhas pesadas de proteínas de estocagem livre na hemolinfa .Uma vez a estocagem das proteínas representam a condição nutricional das abelhas rainhas, e esta consiste em um fator determinante na qualidade e quantidade da cria, os dados encontrados suportam a tese de que rainhas com peso acima de 200mg são fisiologicamente superiores a rainhas com peso abaixo de 180mg, e , portanto, esta característica fenotípica pode ser utilizada como um índice de seleção em programas de melhoramento genético apícola.
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