Própolis

Compostos Voláteis Identificados em Resina de Melipona Melanoventer (Apidae, Meliponini) Coletada no Estado do Pará

Souza-Filho, APS1; Andrade, EHA2; Guilhon, GMS2, Oliveira, HA1; Oliveira, MS1; Venturieri, GC1; Vasconcelos, MAM3; Borges, JLM2.
1 Embrapa Amazônia Oriental;
2 Universidade Federal do Pará;
3 Embrapa Amazônia Oriental, mavasc@cpatu.embrapa.br

Resumo:

A identificação de compostos químicos em produtos naturais é uma das maiores barreiras na qualificação e utilização destes. Os produtos oriundos de abelhas sem ferrão são pouco explorados quanto a sua caracterização e a busca por informações sobre sua composição é fundamental para o correto aproveitamento e manejo desses recursos. A Amazônia brasileira detém a maior diversidade de abelhas sem ferrão do planeta, possuindo cerca de 130 espécies conhecidas pela ciência. Em levantamentos realizados no Estado do Pará, foram diagnosticadas pelo menos 15 espécies diferentes de meliponíneos sendo criados pela população local, contudo, muito pouco se sabe sobre a composição e possibilidades de aproveitamento econômico das resinas coletadas por estes insetos. No intuito de obter maiores informações sobre a composição da resina coletada por Melipona melanoventer determinou-se a fração volátil de uma amostra avermelhada coletada em Belterra, Estado do Pará. A identificação da fração volátil foi realizada por cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massas (CG-EM). Foram identificados como constituintes principais nesta amostra o composto aromático ∝-copaeno, β-bisaboleno, δ-cadideno e trans-calameneno. A correta elucidação da fração volátil pode servir como marcador na identificação da fonte botânica da resina coletada, facilitando no trabalho de prospecção de possíveis compostos bioativos.

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