Própolis

Aproveitamento da Resina Vegetal Coletada por Seis Espécies de Abelhas Criadas no Estado do Pará

Oliveira, MS2; Oliveira HA2; Souza-Filho, APS1; Vasconcelos, MAM1; Venturieri, GC2.
1 Embrapa Amazônia Oriental;
2 Universidade Federal do Pará, giorgio@cpatu.embrapa.br 

Resumo:

As abelhas coletam resinas vegetais para construção de seus ninhos e defesa da colônia. Muitas destas resinas possuem atividade antibiótica. A resina coletada pela abelha de mel Apis melífera, depois de manipulada pelas abelhas é chamada de própolis, o uso humano e as propriedades terapêuticas da própolis são bastante conhecidos, contudo, ainda são raros os estudos sobre a caracterização e o aproveitamento das resinas coletadas pelas abelhas sociais nativas, conhecidas como abelhas sem ferrão ou meliponíneos. Analisou-se o percentual de rendimento da graxa e própolis das espécies uruçu-cinzenta (Melipona fasciculata), boca-de-renda (Melipona seminigra), uruçu-amarela (Melipona flavolineata), canudo-amarela (Scaptotrigona sp), marmelada-brava (Friseomelitta cf. varia) e africanizada (Apis mellifera). Foi utilizada uma alíquota de 100 g de geoprópolis ou própolis, tratando-as inicialmente com hexano (PA), 300 mL, deixando-se em repouso por duas horas, seguido de filtração e concentrando-se em evaporador rotativo, obtendo-se a matéria solúvel em hexano hora denominada como 'graxa'. O resíduo foi tratado com solução hidroalcoolica, na proporção de 8:2 (água:etanol), seguido de filtração e concentração em evaporador rotativo, obtendo-se o própolis e a torta residual. As diferentes frações foram pesadas separadamente e realizado os cálculos para determinação dos rendimentos percentuais. Os resultados demonstraram que a resina coletada por A. melífera foi a que apresentou melhor rendimento com 60,91% de torta residual, 35,08% de graxa e 4,01 de própolis pura.

Retorna à página anterior