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Multiplicações, em Condições Experimentais, de Scaptotrigona Xanthotricha Moure, 1950 (Hymenoptera: Apidae: Meliponina) na Amazônia

1Barbosa-Costa, K.; 2 Guerrero, J. C. H.; 3Carvalho-Zilse, G. A.
1 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Agrárias, Núcleo de Socioeconomia. E-mail: kliltonb@gmail.com
2 Universidade do Estado do Amazonas, Escola de Ciências da Saúde (ESCISA), Faculdade de Enfermagem. E-mail: jhocamhur@yahoo.com.br
3 Pesquisadora do Grupo de Pesquisas em Abelhas, Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (GPA/CPCA/INPA). E-mail: gislene@inpa.gov.br

Resumo:

A preferência pelo mel das abelhas sem ferrão gerou uma intensa procura, durante anos, por enxames em vários estados da Federação. Para manter as espécies livres do risco de extinção ocorreram iniciativas para criação racional destes meliponíneos com estratégias relacionadas às modificações nas colmeias. O aprimoramento de modelos de caixas-padrão auxilia os meliponicultores a criar e aumentar o número de enxames nos Meliponários, em todo o Brasil. Algumas espécies exigem adaptações especiais que contribuam para um rápido desenvolvimento, considerando que a colmeia, é um dos fatores importantes para o desenvolvimento das colônias. O objetivo do trabalho foi testar um modelo de caixa-padrão, com menor volume, para criação de S. xanthotricha e comparar o desempenho, com o da caixa-padrão INPA, com base em diferentes parâmetros. As colônias foram criadas, inicialmente, na UFAM e, em seguida, enviadas ao GPA/INPA. Dez colônias, sorteadas aleatoriamente, foram transferidas para caixas-padrão com volumes de 10,312 L e 14,062 L, modelos CANUDO e INPA. Foram acompanhadas, semanalmente, avaliando os seguintes critérios: quantidade e tamanho dos discos de cria no sobreninho, número de potes de mel e pólen, presença de realeira, tempo de formação da rainha e início da postura, sendo atribuído a eles pesos e uma pontuação. Ao final de 12 meses foram obtidas 52 colônias-filhas, sendo 27 no modelo CANUDO e 25 no modelo INPA. A espécie teve desenvolvimento mais rápido na caixa modelo CANUDO, certamente, em consequência do volume menor, permitindo a ocupação imediata do espaço e diminuição do tempo entre as multiplicações, entretanto os volumes de caixas empregados no experimento não apresentaram diferença estatística nos intervalos de confiança (95%) para as médias do desempenho das colônias. Quando considerados os critérios avaliados concluiu-se que S. xanthotricha pode ser criada em ambos os modelos de caixas.

PALAVRAS-CHAVE: abelha-canudo, volume de caixa-padrão, desempenho das colônias, alimento artificial.

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