Mel
Coleção de Referência de Plantas e Grãos de Pólen para Identificação da Origem Floral do Mel da Região de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA)
Ribeiro, M. de F.1; Braga, J. dos R.1; Rodrigues,F.1,2; Lima, C. B. S.1
1 EMBRAPA SEMIÁRIDO, BR 428, Km 152, zona rural, 56302-970, Petrolina, PE (marcia.ribeiro@cpatsa.embrapa.br)
2 UNIVASF, BR 407, Km 12, Lote 543, Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, s/n C1, 56300-990, Petrolina, PE
Resumo:
Para a identificação da origem floral do mel é necessário montar coleções de referência de plantas e uma palinoteca. A palinoteca é um acervo de dados composto por amostras de grãos de pólen extraídos das flores. Ele serve como referência e permite a realização de análises comparativas dos tipos polínicos encontrados no mel produzido pelas abelhas. O objetivo deste trabalho foi montar uma coleção de plantas e uma palinoteca do pólo Petrolina (PE) Juazeiro (BA) para que, no futuro, possa-se identificar a origem floral do mel produzido na região. As coletas das plantas que estavam florescendo foram realizadas nos meses de janeiro, fevereiro, junho, julho e setembro de 2011, no Campo Experimental da Caatinga da Embrapa Semiárido e em áreas rurais e urbanas das duas cidades. As plantas foram herborizadas, e as exsicatas foram encaminhadas ao Laboratório de Ecologia da Embrapa Semiárido para identificação. Flores inteiras e/ou anteras também foram coletadas e armazenadas em eppendorfs para posterior extração dos grãos de pólen e confecção das lâminas, com base em metodologias usuais. Todas as plantas foram catalogadas e dados como nome comum, coletor e local de coleta foram anotados. Foram elaboradas lâminas para a palinoteca, associadas às plantas identificadas. Foram coletadas 48 espécies de plantas pertencentes a 23 famílias botânicas. As famílias com maior representatividade durante todo período de coleta foram: Apocinaceae (21,7%), Malvaceae (21,7%) e Fabaceae (21,7%). Nos meses de janeiro e fevereiro, que são mais chuvosos, foi coletado o maior número de famílias (respectivamente 16 e sete famílias), em contraste com os meses mais secos: junho, julho e setembro (respectivamente, cinco, sete e cinco famílias). Obviamente o fato de haver um maior número de plantas florescendo em determinada época está diretamente ligado à quantidade de precipitação. A complementação das coletas de plantas e de grãos de pólen possibilitará uma consistente base de dados. Na etapa seguinte serão comparados os grãos de pólen encontrados em amostras de mel com aqueles das lâminas da palinoteca.
Palavras-chave: plantas, grãos de pólen, palinoteca, abelhas melíferas.
Agradecimentos: ao BNB/FUNDECI 2008/111, pelo financiamento; à Embrapa Semiárido e CAPES, pela concessão de bolsas à J.R.B. e F.R., respectivamente; à Carla T. de V. D. Martins e Lúcia H. P. Kiill, pela identificação das plantas.