APACAME - Mensagem Doce 116

Resumo:

Este estudo avaliou a origem e a qualidade do mel e de compostos por meio da identificação dos grãos de pólen. Foram feitas análises da morfologia polínica em 222 amostras de mel e compostos de abelhas africanizadas adquiridas no estado do Rio de Janeiro. Os produtos abrangiam 60 marcas, regularmente inspecionadas, e 163 informais, distintas para as análises de reconhecimento de seu táxon vegetal e elementos estranhos. Por meio da contagem polínica classificaram-se as amostras em mel monofloral (>45% do pólen nectarífero) e em mel heterofloral (>25%<45% do pólen nectarífero). Dentre as amostras do Rio de Janeiro, 78% foram classificadas como monofloral e 2% como heterofloral, havia 20% de amostras com pólen insuficiente. A florada predominante foi a de Eucalyptus (41% das amostras), seguida pelas floradas de Anadenanthera e Myrcia (8%, cada), Citrus (6%) e Vernonia (5%). Dos méis de estados vizinhos, 40% eram monoflorais, 37% heterofloral e 23% com pólen insuficiente. Os tipos polínicos mais frequentes foram Eucalyptus (40%), Citrus e Myrcia (4% cada). O grau de impurezas mostrou-se alto (em 49% das amostras) e as sujidades mais freqüentes foram massa granulosa (17%), fungos (17%) e partes de inseto. Ficou evidente a dificuldade dos produtores de identificar a origem floral do seu mel já que apenas 12% dos produtores acertaram a origem do mel ao especificá-lo no rótulo. Segundo a legislação brasileira, a análise da origem floral é obrigatória para certificar sobre a origem do produto e assim poder garantir maior confiabilidade do consumidor ao produto, mas infelizmente, a fiscalização tem exigido pouco sobre a verificação desta informação junto aos produtores. É fundamental que o produtor utilize o calendário apícola para aperfeiçoar o reconhecimento da florada de produção, para melhor qualificar o seu negócio.

Palavras-chave: morfologia, pólen, florada, legislação

Mel

Identificação dos Grãos de Pólen para Avaliar a Origem Floral e a Qualidade do Mel e de Compostos