Mel

Teor de Cafeína no Néctar e Mel Provenientes de Florada de Café (Coffea arabica)

Kadri, S.M.1; Mazzafera, P.2; Modanesi, M.S.1; Negrão, A.F.1; Zaluski, R3;Orsi, R.O. 4
1 Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP - Botucatu - Alunos do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia; samirkbr@yahoo.com.br
2 Instituto d e Biociências - Departamento de Biologia Vegetal - UNICAMP - Campinas - SP; pmazza@unicamp.br
3 Graduado em Ciências Biológicas, Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de União da Vitória, Paraná - FAFIUV; rodrigozaluski@yahoo.com.br
4 Núcleo de Ensino, Ciência e Tecnologia em Apicultura Racional (NECTAR). Departamento de Produção Animal - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Universidade Estadual Paulista - UNESP - Campus de Botucatu - São Paulo. Distrito de Rubião Jr., s/n, 18618-000, Botucatu, São Paulo - Fone: +55 (14) 3811-7189 - Fax: +55 (14) 3811-7185 - e-mail: orsi@fmvz.unesp.br

Resumo:

Devido a grande diversidade de espécies de interesse apícola no Brasil, a produção de mel pode ocorrer o ano todo. Em monoculturas, esta produção torna-se interesse, pois além do mel as abelhas realizam a polinização, como no café. Entretanto, o café possui teores de cafeína, uma substância estimulante, que ocupa uma posição de destaque entre as drogas mais consumidas em todo o mundo. Em vários organismos a cafeína afeta quase todos os sistemas, principalmente o sistema nervoso central (SNC), podendo promover aumento do estado de vigília, no metabolismo, entre vários outros. Pouco se sabe sobre o teor de cafeína no néctar e no mel. Diante do exposto os objetivos deste trabalho foram avaliar o teor de cafeína no néctar e mel provenientes de florada de café (Coffea arabica) da região norte do Estado do Espírito Santo, Brasil. O néctar foi coletado diretamente de flores de café com o auxílio de uma micropipeta e armazenado sob-refrigeração. Já o mel foi coletado de colméias de abelhas Apis mellifera africanizadas, centrifugado, envasado em recipiente plástico atóxico e armazenado a temperatura ambiente. As análises do teor de cafeína foram feitas na Universidade de Campinas - UNICAMP - São Paulo, Brasil, por meio de cromatografia líquida de alta performance; por outro lado, a análise melissopalinológica foi realizada no Núcleo de Ensino, Ciência e Tecnologia em Apicultura Racional (NECTAR) da UNESP - Botucatu, São Paulo, PR meio do método de acetólise. O resultado da análise melissopalinológica constatou a presença de grãos de pólen de florada de café, caracterizando assim o produto. A quantidade de cafeína presente no néctar foi de 23.300,00±0,20 µg mL-1 e no mel de 1,22±0,036 µg g-1 de mel. Pode-se concluir que as abelhas ingerem cafeína tanto no néctar quanto no mel de café, o que poderia interferir no comportamento do enxame.

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